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A Clamidiose em Psitacideos

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A Clamidiose em Psitacideos Empty A Clamidiose em Psitacideos

Mensagem por Julia Qua Jan 29, 2014 10:53 am

1. Com o alto número de animais fora da sua fauna, vivendo em ambientes estressantes, eles ficam expostos a muitas doenças, dentre elas a clamidiose, doença também conhecida por ornitose (quando em passariformes). É uma afecção causada pela bactériaChlamydophila psittaci, vulgarmente conhecida por clamídia, que é uma bactéria gram-negativa intracelular obrigatória. Esse microorganismo tem ação sobre aves, répteis e mamíferos, inclusive o homem. Em mais de 160 (cento e sessenta) espécies de aves, a clamidiose já foi detectada, sendo que dessas, aproximadamente 57 (cinqüenta e sete) eram espécies de psitaciformes.

1.1 Chlamydia sp


Bactérias da família Chlamydiaceae recentemente denominadas como Chlamydia, são bactérias Gram-negativas que possuem forma cocoide, intracelulares obrigatórias, com ciclo de vida que se alterna entre formas infectantes (corpos elementares- CE) e vegetativas (corpos reticulados- CR). Estas bactérias infectam espécies de animais domésticos e selvagens, além do homem, causando manifestações clínicas bastante variadas.Dentro da família Chlamydiaceae, até recentemente reconhecia-se apenas o gênero Chlamydia, com duas espécies, atrachomatis e a psittaci, com vários sorovares. Com o desenvolvimento de técnicas de biologia molecular, principalmente análises do gene 16S e 23S do RNAr, foi possível a divisão da família Chlamydiaceae em dois gêneros: Chlamydia Chlamydophila; podendo dividi-las em nove espécies: Chlamydia trachomatis, C. suis, C. muridarum, Chlamydophila psittaci, C. pneumoniae, C. pecorum, C. felis, C.caviae C. abortus.

CLAMIDIOSE (C. PSITTACI)


Chlamydophila psittaci é o agente causador da clamidiose aviária, conhecida por psitacose ou ornitose em outros animais e no homem. Esse micro-organismo tem ação sobre aves, répteis e mamíferos, inclusive os humanos sendo, portanto, uma zoonose.A infecção por Chlamydia pode ocorrer principalmente em animais jovens e/ou com alto índice de estresse por estarem imunodeprimidos. Araras e papagaios da America do Sul são mais susceptíveis que psitacídeos da Ásia e Austrália, enquanto os psitacídeos africanos como Papagaio do Congo (Psittacus Erithacus) são menos susceptíveis que os psitacídeos Asiáticos. O micro-organismo pode sobreviver longos períodos nas fezes e secreções secas, por ter um período de incubação prolongado, aumentando assim o tempo de sua sobrevivência. A bactéria resiste em ambiente seco, sobrevivendo cinco semanas a temperatura ambiente, seis dias a luz solar e dezesseis dias na água. A C. Psittaci é susceptível a maioria dos desinfetantes, detergentes e ao calor extremo, mas é resistente a ácidos e álcalis. Muito dos produtos de limpeza são irritantes para o sistema respiratório assim devendo ser utilizados em local ventilado. Existem varias formas de contaminação com a bactéria da C. psittaci, tais como fluido lacrimal, descarga nasal, secreção do papo, pó de penas e fezes secas. A transmissão pode ocorrer por via aerógena (pó de pena e fezes seca são dispersadas na corrente de ar), inalação de aerossóis ou poeira contaminada,  insetos hematófagos, adquirida pelo contato com locais contaminados e raramente por transmissão vertical através do ovo. O período de incubação desse agente varia de acordo com a virulência, cepas mais agressivas, também conhecidas como toxigênicas, causam sintomas mais agressivos afetam órgãos vitais e produzem lesões caracterizadas por extensa congestão vascular em um curto espaço de tempo ocasionando uma mortalidade de 5% a 30% das aves afetadas. Já as cepas menos agressivas causam doença progressiva, ou seja, com maior tempo de evolução ou mesmo sem sintomatologia, com taxa de mortalidade inferior a 5%.  Sua ocorrência é mundial com diferenças nas espécies acometidas e cepas de infecção. A C. psittaci pode gerar uma infecção aguda, sistêmica e ou assintomática; a infecção assintomática tanto persistente como aguda, tem como característica afetar aves adultas expostas a um número moderado de cepas de baixa virulência, afetando tecidos como fígado e rins, acarretando na eliminação da forma infectante por vários meses. Na maioria dos casos assintomáticos, observa-se um grande numero de falso negativo tornando-os portadores. Existe uma estimativa que 1% das aves selvagens possam estar infectadas assim agindo como carreadores da doença para outros animais sãos.

2.1 Aspectos clínicos
 Os aspectos clínicos poderão variar em função da espécie do animal, idade, estado imunológico, via de transmissão, virulência do sorotipo e reinfecção. De acordo com os sinais clínicos pode-se classificar a doença em diferentes formas: forma superaguda, aguda, crônica e inaparente.


2.2 Forma superaguda
A forma superaguda, comumente é vista em aves jovens, sendo caracterizada por óbito em poucas horas, ausência de sinais clínicos aparentes.

2.3 Forma aguda
 A forma aguda geralmente ocorre em psitacídeos, e os sinais clínicos são inespecíficos.

2.4 Forma crônica
 Os sinais observados na forma crônica são discretos e conseqüentemente negligenciados.

2.5 Forma inaparente
 Não ira ocorrer sinais clínicos na forma inaparente sendo muito comum em animais adultos expostos a cepas de baixa e media virulência. Nesta fase os animais podem permanecer como portadores, podendo eliminar o agente de forma intermitente e apresentar alterações inespecíficas.


2.6 Diagnósticos
O diagnóstico da c.psittaci é baseado nos sinais clínicos, patologia clinica, radiologia, histopatológico.


2.7 Sinais Clínicos
Os sinais clínicos da Clamidiose, mais comumente observados são anorexia, apatia, desidratação, diminuição da musculatura peitoral, tremor, plumas arrepiadas, hipotermia, conjuntivite, alterações respiratórias e alterações digestivas.


Patologia clinica:


Na doença aguda, geralmente, é observado leucocitose severa, em psitaciformes grandes, primeiramente causados pela heterofilia, monócitos e basófila. Freqüentemente o animal apresentara mais de 40000 leucócitos/µl, demonstrando heterofilia com desvio a esquerda e heterófilos tóxicos. Já nos casos subclínicos a contagem de leucócitos pode estar normal. O hematócrito baixo é comum tanto na doença crônica como na aguda, enquanto a concentração da proteína sérica, geralmente estará elevada, como causa do estimulo inflamatório crônico. Os psitaciformes pequenos, exibirão pequena leucocitose. Poderão apresentar anemia e elevação na aspartato-aminotransferase (AST ou TGO), lactato desidrogenase (LDH), creatinina-quinase (CK).

2.8 Radiologia


A hepatoesplenomegalia é o achado radiológico mais comum. Pode-se encontrar uma nebulosidade difusa dos sacos aéreos, no caso de aerosaculite. Na doença crônica não será observado nenhuma alteração radiográfica.

2.9 Necropsia e Histopatológico


O grau da lesão varia de acordo com a evolução da doença e do órgão afetado.
Baço: poderá estar aumentado e consistência mole, podendo ou não conter focos esbranquiçados ou petéquias em sua superfície. No histopatológico poderá ser observada hiperplasia das células do sistema mononuclear-fagocitário, depleção linfoide, plasmocitose e áreas de necrose.

Fígado: estará aumentado, friável e de coloração amarelada ou esverdeada, com pequenos focos necróticos na cápsula ou na superfície de corte. No histopatológico, infiltrados mononucleares e periportal heterofílicos serão achados comuns. 

Pulmões: estarão congestos e a cavidade celomática poderá conter exsudato fibrinoso. 

Sacos Aéreos: As membranas dos sacos aéreos poderão estar espessadas e opacas, e por vezes recobertas por exsudato fibrinopurulento. O histopatológico poderá conter macrófago com corpúsculo de inclusão intracitoplasmático basofilicos, redondos e pequenos, além de heterofilos, linfócitos e plasmocitos.

Coração: Ação inflamatória evidente no saco pericárdico poderá estar presente. No histopatológico apresenta as mesmas características que as observadas nos sacos aéreos.

Trato Intestinal: Estará congesto, especialmente na superfície serosa.

2.10 Diagnóstico direto


Podem ser utilizados os seguintes exames para a detecção da bactéria C. Psittaci Fixação de Complemento (FC), Aglutinação em Latex (AL), teste de Kodak Surecell Chlamydia, teste Clearview Chlamydia, Enzime LInked Immuno Sorbent Assay (ELISA). O teste de eleição mais utilizado no Brasil é teste de cadeia polimerase (PCR), pois dentre os outros é o de maior confiabilidade em seus resultados. O PCR baseia-se na amplificação enzimática de ácidos nucleicos, envolvendo a síntese in vitro de milhões de cópias de segmentos específicos de DNA. Usam-se para isso iniciadores ou primers, que são pequenos fragmentos de DNA específicos para a área que se quer amplificar. O funcionamento deles se baseia na complementaridade com fita de DNA e são sempre construídos na direção 5’-3’. O ciclo de amplificação é constituído de três etapas: desnaturação, hibridização e alongamento. Na etapa de desnaturação, o DNA de fita dupla é aquecido a 95°C por 1 a 5 minutos para separação da fita dupla de DNA em fita única. Na etapa de hibridização a temperatura é reduzida para que os primers presentes na solução se hibridizem especificamente com o DNA desnaturado na posição homóloga. A temperatura na qual os primers se ligam do DNA molde é denominada temperatura de anelamento (do inglês, melting temperature" ou Tm). A temperatura de anelamento depende da concentração de guanidina-citosina na composição do oligonucleotídeo. Na etapa de alongamento os primers são estendidos pela adição de nucleotídeos complementares ao DNA no terminal 3’. Utiliza-se para a polimerização a taq DNA polimerase, que é enzima altamente resistente ao calor, por ter sido isolada de micro-organismo (Thermophilus aguaticus) que vive em altas temperaturas.

Tratamento


Depois de feito o exame e diagnosticado clamidiose, o animal acometido deve receber tratamento o mais rápido possível, devido as Chlamydias serem suscetíveis apenas quando estão na sua forma metabolicamente ativa ou se reproduzindo no estágio de corpúsculo reticular. Um viveiro diagnosticado com uma ave positiva para Chlamydia, e ela tiver contato com outras aves, o tratamento deverá ser coletivo, devido à facilidade de infecção por Chlamydophila psittaciO tratamento das aves infectadas com clamídia irá depender de inúmeros fatores que incluem, administração do medicamento pelo proprietário durante o tratamento, responsabilidade do proprietário em levar o animal na clinica para avaliação ou aplicação de medicamentos semanais, ter um veterinário responsável pelo tratamento entre outros. É utilizado como escolha clortetraciclina, doxiciclina ou oxitetraciclina sendo o fármaco mais utilizado a doxiciclina, tendo uma duração de 45 dias de tratamento, ainda assim não poderá garantir um resultado efetivo ou uma completa eliminação do agente. Por serem os corpos elementares, metabolicamente inertes, não são suscetíveis a ação de antibióticos, justificando o porquê do tratamento, ser difícil e nem sempre eficaz. Durante o tempo de tratamento deve-se ter uma pratica de higiene melhor, como diminuir o tempo de exposição do animal a pó de penas e a fezes aerossolizadas  limpando a gaiola diariamente. O medicamento poderá ser administrado de cinco formas, na fonte hídrica da ave, na fonte de alimento da ave, por via oral, por tratamento intramuscular (IM) e por tratamento intravenoso (IV). Durante o tratamento deve se observar o animal caso ele tenha sinais potencializados, como anorexia, depressão, biliverdina nas fezes e sinais hepáticos alterados. Isso poderá ocorrer decorrente a uma intoxicação pelo fármaco utilizado, assim tendo que interromper o tratamento imediatamente e aplicar outro protocolo.

Tratamento com fármacos na fonte hídrica da ave

Para o tratamento na água, deve se administrar 400 mg de doxiciclina a cada litro de água durante 45 dias trocando a água diariamente. Já os autores dos livros “Tratado de animais selvagens” e “Atlas de medicina, terapêutica e patologia de animais exóticos” (de autores diferentes) dizem que a dose de doxiciclina na água para psitacídeos é de 0,28 a 0,83 mg/ml de água. E o autor Viana; F. A. B. do livro “Guia terapeutico veterinario” indica uma dose de 250 mg por litro de água. O tratamento utilizado na clinica AMAZOO Pet Store é de 500 mg de doxiciclina/L de água.

Tratamento com fármacos na fonte de alimento da ave


No livro “Guia terapêutico veterinário” o autor Viana; F. A. B. indica uma dose de doxiciclina de 500 a 1000 mg por kg de alimento. Os autores dos livros “Tratado de animais selvagens” e “Atlas de medicina, terapêutica e patologia de animais exóticos” (de diferentes autores) dizem que a dose de doxiclina na fonte de alimento do animal deve ser de 500 mg de medicamento para 1 kg de alimento diariamente. A dose passada pelo autor Tully; T. N. J. do periódico  “Proceeding of the NAVC North American Veterinary Conference Jan. 8-12, 2005, Orlando, Florida” é de 300 mg de doxiclina por 1 kg de alimento. O tratamento utilizado na clinica AMAZOO Pet Store é de 500 a 1000 mg/Kg de  doxiciclina no alimento do animal.

Tratamento com fármacos via oral

De acordo com os autores Revolledo; L. e Ferreira; A. J. P. do livro “Patologia Aviaria” é de 25 a 50 mg de doxiclina por kg do animal. A autora Rupley; A. E. do livro “Manual de clinica aviaria” diz que a dose deve ser de 25 a 50 mg do fármaco para cada kg do animal. Nos livros “Tratado de animais selvagens” e “Atlas de medicina, terapêutica e patologia de animais exóticos” (de diferentes autores) dizem que a dose é de 40 a 50 mg por kg do animal para Papagaio verdadeiro, papagaio do mangue, periquito do senegal e calopsita durante 45 dias e 25 mg por kg para papagaio do congo, cacatua goffini, arara Canindé e arara vermelha. O autor Viana; F. A. B. do livro “Guia terapêutico veterinário” diz que deve se administrar uma dose de 25 a 50 mg por kg de 12 a 24 horas. A dose recomendada por Tully; T. N. J. autor do periódico  “Proceeding of the NAVC North American Veterinary Conference Jan. 8-12, 2005, Orlando, Florida” indica que deve se administrar 40 a 50 mg por kg SID para  calopsitas, papagaios e periquito do senegal já para papagaios do congo, cacatuas e araras a dose é de 25 mg por kg SID com uma dose inicial de 25 a 30 mg por kg para araras e cacatuas, e para outros psitacídeos é de 25 a 50 mg por kg SID.  O tratamento utilizado na clinica AMAZOO Pet Store é administração de 25 mg/Kg de doxiciclina BID  para pequenos psitacídeos e 25 a 50 mg /Kg para grandes psitacídeos SID ou TID.

Tratamento intramuscular (IM)

O tratamento com doxiciclina IM pode causar irritação da mucosa peitoral no sitio de injeção de acordo com a formulação da droga, a dose indicada por Revolledo; L. e Ferreira; A. J. P. autores do livro “Patologia Aviaria” é de 75 a 100 mg por kg de peso vivo. Já Tully; T. N. J. autor do periódico “Proceeding of the NAVC North American Veterinary Conference Jan. 8-12, 2005, Orlando, Florida” diz que a dose de doxiciclina IM deve ser de 75 a 100 mg por kg a cada 5-7 dias nas primeiras 4 semanas e na fase final do tratamento sempre a cada 5 dias, o tratamento deve ser por 45 dias.  Os livros “Tratado de animais selvagens” e “Atlas de medicina, terapêutica e patologia de animais exóticos” (autores diferentes) dizem que a dose para araras e psitacídeos em geral é de 75 a 100 mg por kg IM durante 45 dias, com aplicações a cada 5-7 dias. Já Viana; F. A. B. autor do livro “Guia terapêutico veterinário” indica que a dose IM a ser administrada deve ser de 25 a 50 mg por kg SID OU BID. A autora Rupley; A. E. cita no livro “Manual de clinica aviaria”diz que doxiciclina a dose IM para araras é de 75 a 100 mg por kg a cada 5-7 dias durante 45 dias e para outros psitaciformes a dose é de 25 a 50 mg por kg a cara 5-7 dias durante 45 dias, e a doxiciclina (75mg/ml,da Mortar & Pestle) a dose deve ser de 100 mg por kg a cada 7 dias, para cacatuas 75 mg por kg a cada 7 dias. O tratamento utilizado na clinica AMAZOO Pet Store é a aplicação de 40 a 100 mg/Kg de docixiclina IM

Tratamento intravenoso (IV)


O tratamento IV deve ser um tratamento inicialmente utilizado em casos mais severos de clamídia, o indicado pela autora Rupley; A. E. é de administrar doxiciclina (hiclato de vibramicina) durante 3 dias a cada 24 horas com uma dosagem de 25 a 50 mg por kg, o tratamento deve continuar com doxiciclina por via oral. Segundo o autor Tully; T. N. J. do periódico  “Proceeding of the NAVC North American Veterinary Conference Jan. 8-12, 2005, Orlando, Florida” o tratamento deve ser aplicações IV de doxiciclina com a dosagem de 25 a 50 mg por kg uma ou duas vezes durante a fase critica inicial da doença, depois mudando a forma de administração para intramuscular ou via oral. O tratamento IV não é utilizado rotineiramente na O clinica AMAZOO Pet Store devido a ser um tratamento emergencial, pois o excesso do fármaco e a administração muito rápida pode levar o animal a óbito.


Tratamento Suporte

Também pode ser preciso o uso de tratamento suporte para os animais que estiverem mais debilitados, pois eles estarão muito imunodeprimidos assim sendo necessário cuidados como manter a ave aquecida, alimentação com sonda, fluidoterapia e antibiótico terapia caso encontrar-se presente uma infecção bacteriana secundaria, neste caso as bactérias provavelmente serão resistente as tetraciclinas assim tendo que administrar um fármaco de outra classe.OBS: Antes de administrar qualquer remédio fale com o seu veterinário, este artigo foi um estudo sobre a Clamidiose, os remédios aqui citados, são para informações importantes e somente use-os sob prescrição do veterinário.


Prevenção e Controle


Para prevenir e controlar a transmissão da Chlamydophyla psittaci tanto para aves como para os humanos deve tomar se algumas medidas. Sempre deve se manter o maior nível de higiene, como limpar e desinfetar as gaiolas tanto de animais infectados como não infectados, isolar as aves infectadas para o tratamento por no mínimo 30 dias e sempre cuidar dos animais não infectados antes dos infectados, caso seja um viveiro tratar todos os animais, aves tratadas infectam se rapidamente em ambientes contaminados, quarentena de novos animais, manejo nutricional, evitar compra de animais que tenham sinais de clamidiose aviária, fatores de estresse afetam negativamente a eficiência do tratamento,  colocar as gaiolas de modo que as fezes, secreções, penas e comida não tenha contato com outras gaiolas, ventilação por exaustão pode ser eficiente para evitar a formação de aerosois e contaminação cruzada entre salas, guardar registros das aves por pelo menos 1 ano para poder identificar aves que ficara doentes, aves mortas, lavar as mãos após o contato com animais infectados, pessoas de risco (grávidas, crianças, imuno deprimidas) devem evitar o contato com animais sob suspeita de infecção ou infectados, quando realizar uma necropsia de aves infectadas ou possivelmente infectadas mergulhar a carcaça em uma solução detergente e desinfetantes para prevenir aerosois de partículas infecciosas, descarte de carcaças e objetos contaminados devem ser descartados de maneira adequada, e o vazio sanitário deve ser feito em criadores de modo a evitar o contagio de outras aves e humanos. Vacinas contra a C. Psittaci vem sendo testadas experimentalmente em perus, ate o momento elas tem demonstrado a capacidade de reduzir a incidência da doença, mas nenhuma delas foi capaz de induzir a uma resposta imune persistente.

5. Tipos de aves que podem ser infectadas

Dos 208 exames obteve-se um resultado de 143 exames negativos e 65 exames positivos, ou seja, uma porcentagem de 31% positvo e 69% negativo, dos 65 positivos tem-se as seguintes espécies acometidas: n(1) Príncipe negro (Nandayus nenday), n(12) Papagaios brasileiros (Amazonas sp.), n(50) Calopsitas (Nymphicus Hollandicus), n(1) Arara vermelha (Ara chloroptera), n(1) Cacatua Alba (Cacatua Alba), (gráfico 02) e dos negativos obteve-se n(1) Papagaio Ecletus (ecletus roratus roratus), n(1) Periquito Rei ou Jandaia Estrela (aratinga áurea), n(1) Papagaio do Congo (Psittacos Erithacus), n(1) Maritaca ou Periquito Verde (Brotogeris tirica),n(1,) Ararajuba (Guaruba Guarouba), n(42) Papagaios Brasieleiros (Amazonas sp.), n(4) Agapornis (Agapornis sp) n(1) Cacatua Alba(Cacatua Alba), n(87) Calopsitas (Nymphicus Hollandicus), n(3) Araras Caninde (Ara Arauna) e n(1) Arara Piranga ou Macao (Ara Macao)(grafico 03). Segundo o livro “Tratado de Animais Selvagens” dos autores CUBAS, SILVA, CATÃO-DIAS, o livro menciona os sinais clínicos observados na clamidiose. Durante a realização deste estudo pode observar que os animais que fizeram exame para detecção de clamídia, demonstraram pelo menos algum sintoma igual ao mencionado no livro, pois devido a esses sintomas houve a solicitação do exame. Nota se que a maioria dos resultados, foram negativo para clamídia,  deixando claro que  nem sempre o conjunto de tais sintomas significa que o animal é positivo para clamidiose,  tendo que recorrer a um exame complementar sendo o PCR, de eleição,  pois através dele obtêm um resultado fidedigno.

6. Conclusão do Artigo

Este artigo foi elaborado pelo Daniel Afonso Pereira e pelo Dr. Thiago R. Salvador, foi feito para esclarecer duvidas e como de analise para a incidência deChalamydophilla Psittaci em animais de cativeiros na clinica veterinária Amazoo Pet Store. Pode-se concluir que houve uma grande prevalência nas espécies calopsita e papagaios Brasileiros podendo ser devido a seu fácil manejo e a sua grande popularidade de criação isso pode ocorrer devido a um fator sócio econômico refletindo na cultura popular, onde muitos proprietários de aves com baixo valor comercial têm como habito criar tais animais em contato com aves de vida livre, isso gera um ambiente de contato entre as aves podendo causar uma situação de fácil transmissão de tais vetores. A clamidiose deve receber uma atenção especial, pois nem sempre que o animal apresentar sintomas, será positivo para C. Psittaci,dificultando o trabalho do medico veterinário para fechar o diagnostico, tendo que contar sempre com exames complementares. Os médicos veterinários têm que estar atentos também ao tratamento, para evitar que a doença dissemine entre outras espécies.  

Fonte: vetsilvestre.com.br
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Mensagem por Moisés Marcilio Qua Jan 29, 2014 11:43 am

Olá Julia;
Meus Parabéns um Ótimo Artigo, Concerteza ajudara muita Gente!

=)
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Mensagem por Julia Seg Fev 03, 2014 7:04 am

Olá Moisés, obrigada, espero que ajude muita gente mesmo!!!

Atenciosamente.
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