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Tudo sobre o Manon

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Mensagem por Davi Hemerly Qui Nov 01, 2012 9:18 am

Tudo sobre o Manon

Reprodução – Manon

Reprodução: Feita a separação dos casais e construído o ninho, a fêmea do Manon passa por um período de incubação que varia de 13 a 18 dias, ao final do qual chega a botar até 8 ovos. Ela passa a contar também com a participação do macho para chocar os ovos. Nascendo os filhotes, convém reforçar a alimentação com a farinhada de canário. Ao término de 45 dias em média, os filhotes estão prontos para se alimentarem sozinhos e com isso devem ser separados dos pais. Inicia-se todo o processo novamente, contando desta vez com outros exemplares.

Trocando os ovos: Em geral, os criadores mais experientes mantêm uma média de 5 casais de Manon para cada casal de exóticos (Diamante Gold, Diamante Sparrow, Bavette), aumentado a probabilidade de coincidência entre os períodos de reprodução de uma espécie e outra. O processo todo acontece da seguinte forma: coincidindo a postura de ovos do casal de exóticos e de um dos casais de Manon, substitui-se os ovos do Manon pelos da outra espécie. Graças a seu instinto, papai e mamãe Manon chocarão os ovos alienígenas como se fossem seus, sem descuidar dos filhotes durante todo o período de alimentação até chegarem à fase adulta. Convém, entretanto, dar uma chance aos pais verdadeiros de demonstrar sua paternidade: é sempre bom esperar que o casal exótico choque seus ovos por alguns dias, para que conserve um comportamento mais próximo da natureza. Se isso não ocorrer, então são transferidos para o ninho dos Manons, que como sempre, fazem o serviço sem exigir remuneração.

Alimentação – Manon

Alimentação: O Manon é um pássaro granívoro, por isso deve ser alimentado com uma mistura de sementes (alpiste, senha, painço), verdura (almeirão e chicória), e a famosa farinhada de canário, especialmente na época de reprodução. Para completar, um pote de areia ou pedra para o fornecimento de cálcio e sais minerais para esta ave, ou então, juntar cascas de ovo de galinha, levar ao forno (para esterilizar contra possíveis micróbios) e moer, pondo tudo numa tigelinha dentro da gaiola.

Cuidados essenciais: A água do bebedouro deve ser trocada diariamente. E como o Manon adora tomar banho, o criador pode colocar na gaiola uma pequena banheira para que ele possa se divertir, tendo o cuidado de trocar igualmente essa água todos os dias. A água, nesse caso, também ajuda a manter a umidade necessária para que os ovos choquem. Só não é bom manter a banheira com filhotes no ninho, pois um deles pode cair e morrer afogado. Da mesma forma, a gaiola e o poleiro devem estar bem limpos. A bandeja precisa ser limpa com intervalos de um dia e o poleiro uma vez por semana (colocando-se, inclusive, um pouco de inseticida SBP ou querosene no corte que fica preso à gaiola, evitando assim a proliferação de piolhos).

Sexo – Manon

A partir daí, introduza um a um os outros exemplares, deixando que se ambientem por uns 20 minutos ou meia hora. Os que começarem a cantar, a exemplo do macho separado, também são machos. Os que permanecerem quietos são as fêmeas. O método, infelizmente, não é cem por cento garantido, pois o Manon pode parear homossexualmente: dois machos chegam a construir um ninho e chocar os ovos de outros pássaros que forem colocados lá.

Pais Adotivos – Manon

Como no velho ditado que diz que em coração de mãe sempre cabe mais um, em ninho de Manon sempre há lugar para filhotes – seus e de outros pássaros da família dos Estrildinos. Diamante Gold, Diamante Sparrow e Bavette, por exemplo, são espécies que por uma razão ou outra acabam não se reproduzindo em cativeiro. Quando muito, a maioria chega a botar ovos que estariam perdidos, não fosse a eficiência do nosso amigo.

Amigável, o Manon deixa bem claro que a coisa mais importante em sua vida é a reprodução. É uma espécie terrivelmente prolífera, bem no estilo “família de coelho ou rato”, que procria o ano inteiro – fazendo uma pausa apenas na época de muda de penas, que ocorre em geral no período de fevereiro a maio. Essa é uma das razões pelas quais os criadores de aves exóticas não abrem mão de seus Manons, tão importantes na hora de cumprir o ciclo da reprodução.
Para começar a criação, o primeiro passo é separar os casais. Como o Manon não apresenta dimorfismo sexual (diferenças físicas entre macho e fêmea), o ideal é deixar vários exemplares adultos ( com 4 ou 5 meses) juntos em uma gaiola comunitária. O primeiro que começar a cantar, emitindo um trinado curto – algo como tch-thc-tch abrindo levemente as asas e eriçando as penas da garganta e peito, provavelmente é um macho e deve ser posto numa gaiola à parte. Para diferenciá-lo, o criador pode usar um anel de metal preso a uma das patas ou identificá-lo pelas marcações coloridas.

Biografia – Manon

Quem pensa que a ama-seca de antigamente não existe mais, não conhece o Manon, um pássaro que além de chocar o ano inteiro, também cuida dos filhotes dos outros.

Com a super valorização da eficiência nos anos 80, virou “caretice” ficar em casa, cuidando dos filhos e constituindo uma feliz e prolífera família.
Quem acha que os velhos tempos estão enterrados de vez, precisa conhecer o Manon, este pássaro de aparência discreta, mas cuja eficiência se processa de outra forma. Sem ele, muitas espécies praticamente não existiriam em cativeiro e por uma razão muito especial: ele é doído por sua prole. E não apenas pelos seus filhotes, mas também pelos de outros pássaros da mesma família, que ele cria sem o menor preconceito. Foram esses dotes de “pai adotivo” que lhe valeram a consideração dos criadores não apenas no Brasil, como em todo do mundo. Afinal, Manon é pai e mãe para toda hora, exatamente nos moldes de antigamente. Originário da Ásia, este pássaro é membro da família dos Estrildinos e, ao contrário de muitas aves, surgiu graças à intervenção do homem. O Manon é resultado de uma seleção de criadores japoneses a partir da espécie silvestre Lonchura striata – raríssima hoje em dia. Com aproximadamente 11cm de tamanho, ele habitava as regiões da Índia, China Meridional, Taiwan, sendo encontrado desde o Sul até Sumatra.

Através da seleção, o Lonchura striata ganhou sua variedade doméstica, o Manon. O nome brasileiro deriva de designação francesa, Moineau du Japon (Pardal do Japão), mas há quem o conheça também por Capuchino do Japão. Na Inglaterra, o nome é Bengalese. Seja qual for a denominação, porém, o indivíduo em questão é o mesmo: um passarinho com ares humildes e coloração discreta, que vai do preto ao branco, passando pelo marrom e canela. As cores podem mesclar-se em formar um padrão uniforme ou absoluto; portanto, existem Manons totalmente brancos, como outros branco e canela e até tricolores.

Fonte:http://planetabird.wordpress.com
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Mensagem por Reryson Colares Qui Nov 01, 2012 11:06 am

Ótimo artigo!
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