Alimento Vivo
2 participantes
Página 1 de 1
Alimento Vivo
Encontrei uma matéria interessante sobre a utilização e criação de alimentos vivos na dieta de nossas aves e decidi ajudar aos criadores compartilhando aqui no fórum, segue abaixo:
A Diferença do Alimento Vivo:
Mesmo os granívoros necessitam de alimento vivo. No estado selvagem todas as aves acabam por ingerir alimento vivo em especial quando alimentam as crias. Muitas espécies têm ciclos reprodutivos coordenados com as chuvas e os insetos e vida vegetal que estas trazem.
Para os insetívoros é indispensável fornecer aos pais insetos e larvas para alimentarem as crias e até mesmo para que se mantenham saudáveis pois são aves muito curiosas e ativas e adoram perseguir "proteínas com pernas".
As principais formas de alimento vivo são as larvas de mosca, larvas de tenébrio, minhocas, e moscas da fruta. Não é necessário ter todas estas variedades, mas se possível isso seria o ideal. Acima de tudo vai depender das espécies com que trabalhamos. Os exóticos menores como o peito de fogo precisam de insetos que também sejam pequenos e o melhor são as moscas da fruta, aves maiores como o peito celeste podem criar as crias com pequenas larvas de tenébrio e larvas de mosca, os insetívoros puros preferem larvas grandes e minhocas, e até mesmo alguns pedaços de carne.
A principal função do alimento vivo é fornecer proteína. Não é que esta não exista nas farinhadas com que suplementamos os granívoros em criação, trata-se mais de um problema comportamental e instintivo em algumas espécies. Os estrildídeos pequenos, alguns fringilídeos e obviamente os insetívoros, quando têm crias procuram instintivamente alimento vivo para elas, mesmo tendo as farinhadas ali à frente e mesmo que as consumam! Os peitos de fogo por exemplo consomem facilmente farinhada de insetívoros, mas não a dão às crias porque nos primeiros dias tentam encontrar alimento que lhes entreguem no bico e não seja regurgitado (papas e sementes). O mesmo se passa com os insetívoros, quem alguma vez vir uma casal de insetívoros alimentar as crias repara que o modo como o fazem não é igual ao dos granívoros puros que enfiam a comida dentro do bico das crias, nos insetívoros a comida é geralmente largada no interior do bico sendo depois engolida pela cria.
Existem duas hipóteses de se fornecer alimento vivo, ou criamos nós mesmos esse alimento sob diversas formas, ou então podemos recorrer a boas lojas ou empresas que fornecem este tipo de alimentos e fazem a entrega por correio.
Larva de Mosca:
São pequenas larvas brancas com cerca de 1/2cm de comprimento. Não é dos melhores alimentos vivos mas ganha vantagem por ser muito fácil de encontrar na maioria das lojas de pesca, pois é usado como isca. Além do mais são relativamente baratas, podendo comprar-se em grande quantidade. Não devemos comprar muito porque as larvas desenvolvem-se e transformam-se em moscas, o que podemos atrasar se as deixarmos no freezer ou congelador.
O problema destas larvas é que são criadas em carcaças de animais mortos e podem transmitir algumas doenças. Podendo gerar o botulismo, uma doença causada pelas bactérias Clostridium botillium que produzem um dos venenos mais poderosos que se conhece. Deve-se ter o cuidado de manter as larvas numa mistura seca de farelo no freezer e lavá-las muito bem na torneira antes de dar aos pássaros, o que é muito fácil de fazer com um coador.
Tenébrio:
As trelas são a fase larvar de um escaravelho. São um bom alimento, mas com muita gordura, pelo que temos de ter atenção e não exagerar nas quantidades oferecidas. Não é difícil de criar, mas requer cuidados e algum trabalho especialmente até se encontrar o equilíbrio certo entre a quantidade produzida e a consumida. Acontece muitas vezes que não temos larvas disponíveis quando precisamos. Podendo serem criadas em potes de plástico. Num deles estarão os escaravelhos adultos que põem os ovos. Cada duas semanas deve-se tirar estes escaravelhos e coloca-los num recipiente novo com uma mistura de farelo, gérmen de trigo, flocos de aveia e uns pedaços de maçã, batata ou algodão umedecido para manter a umidade, voltando a colocá-lo no mesmo pote.
A mistura onde estavam os escaravelhos está cheia de ovos e deve-se passar para o recipiente de baixo, onde as larvas vão se desenvolver. Passadas mais duas a três semana deve-se ver como estão as larvas e ir separando estas para um mistura limpa. Este sistema permite ter larvas de diferentes tamanhos e ir gastando-as ao longo de duas semanas (dos 3 recipientes um tem ovos, outro larvas e outro escaravelhos). O inconveniente é que esta cultura, além de não ter grande produção de larvas, caso comecem a morrer, exala um cheiro pouco agradável!
Mosca da Fruta:
São fáceis de arranjar, mas temos de ser nós mesmos a criá-las, para tal basta colocar ao sol pedaços de fruta e cascas de banana dentro de um frasco. Quando vemos as pequenas moscas lá dentro tapamos o bocal do frasco com uma gaze e deixamos ficar por uma semana. As larvas desenvolvem-se e tornam-se moscas bastando abrir o frasco no viveiro. O problema é que quando abrimos o frasco muitas fogem e poucas são comidas. Em viveiros exteriores podemos fazer uma cultura maior numa caixa de plástico tapada com uma tela de dimensão que permita a saída das moscas adultas, assim existe sempre um stock contínuo no próprio viveiro. Se tivermos duas ou mais culturas podem-se alternar deixando recuperar a população de moscas e larvas.
É um bom sistema para ter em aviários exteriores com abrigo, frutas como pera, banana e melão são ótimas para criar moscas. Em algumas situações podemos mesmo abrir as caixas e deixar que as aves procurem as larvas e moscas lá dentro desde que não existam fungos e bolores é claro.
Grilos e Gafanhotos:
São um bom alimento para os verdadeiros insetívoros. É uma ótima maneira para dar um petisco às aves, mas dificilmente se consegue ter a quantidade suficiente para manter um casal em criação.
Os grilos podem ser criados em caixas de plástico com alguma verdura e mistura de farelo, o mesmo que os gafanhotos. Se tivermos algum espaço pode mesmo ser que se consiga reproduzir os grilos de um modo semelhante ao usado para as trelas.
*Fonte: http://www.avilandiapt.com/inicio.htm
A Diferença do Alimento Vivo:
Mesmo os granívoros necessitam de alimento vivo. No estado selvagem todas as aves acabam por ingerir alimento vivo em especial quando alimentam as crias. Muitas espécies têm ciclos reprodutivos coordenados com as chuvas e os insetos e vida vegetal que estas trazem.
Para os insetívoros é indispensável fornecer aos pais insetos e larvas para alimentarem as crias e até mesmo para que se mantenham saudáveis pois são aves muito curiosas e ativas e adoram perseguir "proteínas com pernas".
As principais formas de alimento vivo são as larvas de mosca, larvas de tenébrio, minhocas, e moscas da fruta. Não é necessário ter todas estas variedades, mas se possível isso seria o ideal. Acima de tudo vai depender das espécies com que trabalhamos. Os exóticos menores como o peito de fogo precisam de insetos que também sejam pequenos e o melhor são as moscas da fruta, aves maiores como o peito celeste podem criar as crias com pequenas larvas de tenébrio e larvas de mosca, os insetívoros puros preferem larvas grandes e minhocas, e até mesmo alguns pedaços de carne.
A principal função do alimento vivo é fornecer proteína. Não é que esta não exista nas farinhadas com que suplementamos os granívoros em criação, trata-se mais de um problema comportamental e instintivo em algumas espécies. Os estrildídeos pequenos, alguns fringilídeos e obviamente os insetívoros, quando têm crias procuram instintivamente alimento vivo para elas, mesmo tendo as farinhadas ali à frente e mesmo que as consumam! Os peitos de fogo por exemplo consomem facilmente farinhada de insetívoros, mas não a dão às crias porque nos primeiros dias tentam encontrar alimento que lhes entreguem no bico e não seja regurgitado (papas e sementes). O mesmo se passa com os insetívoros, quem alguma vez vir uma casal de insetívoros alimentar as crias repara que o modo como o fazem não é igual ao dos granívoros puros que enfiam a comida dentro do bico das crias, nos insetívoros a comida é geralmente largada no interior do bico sendo depois engolida pela cria.
Existem duas hipóteses de se fornecer alimento vivo, ou criamos nós mesmos esse alimento sob diversas formas, ou então podemos recorrer a boas lojas ou empresas que fornecem este tipo de alimentos e fazem a entrega por correio.
Larva de Mosca:
São pequenas larvas brancas com cerca de 1/2cm de comprimento. Não é dos melhores alimentos vivos mas ganha vantagem por ser muito fácil de encontrar na maioria das lojas de pesca, pois é usado como isca. Além do mais são relativamente baratas, podendo comprar-se em grande quantidade. Não devemos comprar muito porque as larvas desenvolvem-se e transformam-se em moscas, o que podemos atrasar se as deixarmos no freezer ou congelador.
O problema destas larvas é que são criadas em carcaças de animais mortos e podem transmitir algumas doenças. Podendo gerar o botulismo, uma doença causada pelas bactérias Clostridium botillium que produzem um dos venenos mais poderosos que se conhece. Deve-se ter o cuidado de manter as larvas numa mistura seca de farelo no freezer e lavá-las muito bem na torneira antes de dar aos pássaros, o que é muito fácil de fazer com um coador.
Tenébrio:
As trelas são a fase larvar de um escaravelho. São um bom alimento, mas com muita gordura, pelo que temos de ter atenção e não exagerar nas quantidades oferecidas. Não é difícil de criar, mas requer cuidados e algum trabalho especialmente até se encontrar o equilíbrio certo entre a quantidade produzida e a consumida. Acontece muitas vezes que não temos larvas disponíveis quando precisamos. Podendo serem criadas em potes de plástico. Num deles estarão os escaravelhos adultos que põem os ovos. Cada duas semanas deve-se tirar estes escaravelhos e coloca-los num recipiente novo com uma mistura de farelo, gérmen de trigo, flocos de aveia e uns pedaços de maçã, batata ou algodão umedecido para manter a umidade, voltando a colocá-lo no mesmo pote.
A mistura onde estavam os escaravelhos está cheia de ovos e deve-se passar para o recipiente de baixo, onde as larvas vão se desenvolver. Passadas mais duas a três semana deve-se ver como estão as larvas e ir separando estas para um mistura limpa. Este sistema permite ter larvas de diferentes tamanhos e ir gastando-as ao longo de duas semanas (dos 3 recipientes um tem ovos, outro larvas e outro escaravelhos). O inconveniente é que esta cultura, além de não ter grande produção de larvas, caso comecem a morrer, exala um cheiro pouco agradável!
Mosca da Fruta:
São fáceis de arranjar, mas temos de ser nós mesmos a criá-las, para tal basta colocar ao sol pedaços de fruta e cascas de banana dentro de um frasco. Quando vemos as pequenas moscas lá dentro tapamos o bocal do frasco com uma gaze e deixamos ficar por uma semana. As larvas desenvolvem-se e tornam-se moscas bastando abrir o frasco no viveiro. O problema é que quando abrimos o frasco muitas fogem e poucas são comidas. Em viveiros exteriores podemos fazer uma cultura maior numa caixa de plástico tapada com uma tela de dimensão que permita a saída das moscas adultas, assim existe sempre um stock contínuo no próprio viveiro. Se tivermos duas ou mais culturas podem-se alternar deixando recuperar a população de moscas e larvas.
É um bom sistema para ter em aviários exteriores com abrigo, frutas como pera, banana e melão são ótimas para criar moscas. Em algumas situações podemos mesmo abrir as caixas e deixar que as aves procurem as larvas e moscas lá dentro desde que não existam fungos e bolores é claro.
Grilos e Gafanhotos:
São um bom alimento para os verdadeiros insetívoros. É uma ótima maneira para dar um petisco às aves, mas dificilmente se consegue ter a quantidade suficiente para manter um casal em criação.
Os grilos podem ser criados em caixas de plástico com alguma verdura e mistura de farelo, o mesmo que os gafanhotos. Se tivermos algum espaço pode mesmo ser que se consiga reproduzir os grilos de um modo semelhante ao usado para as trelas.
*Fonte: http://www.avilandiapt.com/inicio.htm
Re: Alimento Vivo
essa psotaguem ja foi feita aqui nesse forum mais é muito boa !!!
fernando de jesus- Criador nível 3
-
Quantos pássaros você cria? : 2
Mensagens : 515
Reputação : 33
Idade : 24
Data de inscrição : 08/08/2013
Localização : Itaborai-RJ
Tópicos semelhantes
» Alimento Vivo (artigo)
» Alimento Vivo para Mandarim
» larva da traça das sementes-alimento vivo para diamantes gould/mandarim
» ovo de mandarim esta vivo?
» Periquito Half-side ao vivo
» Alimento Vivo para Mandarim
» larva da traça das sementes-alimento vivo para diamantes gould/mandarim
» ovo de mandarim esta vivo?
» Periquito Half-side ao vivo
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|
Ter Set 26, 2017 8:49 am por Laise Omena
» Calopsita com 30 dias
Ter Set 26, 2017 8:48 am por Laise Omena
» Passarinho tomando banho numa nascente.
Sex Set 22, 2017 4:24 pm por Fabrício Queiroga
» Sarna em periquito
Qui Set 21, 2017 6:58 am por Junny
» Amansar Periquitos
Qui Set 21, 2017 6:56 am por Junny
» Canarinho
Qua Set 20, 2017 3:20 pm por mariaaninha
» local para colocar as gaiolas com o casal pra chocar
Dom Set 17, 2017 5:24 pm por cristiano pietrangelo
» Socorro,meu azulao esta ficando doente
Dom Set 17, 2017 2:56 pm por carvalcam
» Olho inchado após briga
Sáb Set 16, 2017 2:29 pm por AlineLima
» coleiro rouco
Sex Set 15, 2017 11:09 am por Victor de Sousa da Silva
» Quer ter uma Assinatura ou Avatar?
Sex Set 15, 2017 10:28 am por Victor de Sousa da Silva
» Ajuda para identificar mutação e sexo.
Sex Set 15, 2017 8:04 am por Andressa Neves
» femea de coleiro
Qui Set 14, 2017 7:50 pm por phfccosta
» João Vitor Linhares
Ter Set 12, 2017 9:11 pm por João Vitor Linhares
» Bem-te-vi caiu do ninho
Ter Set 12, 2017 8:10 pm por gblecker
» Como reproduzir Periquito Australiano
Ter Set 12, 2017 3:52 pm por Thiagolima_agro
» Periquito Australiano
Ter Set 12, 2017 3:49 pm por Thiagolima_agro
» Ninho periquito
Dom Set 10, 2017 3:22 pm por Willalberton
» MUDA?
Sáb Set 09, 2017 11:22 pm por PeriquitosKK