Mudança de clima , informações importantes...

Alguns fatores fascinantes como cor e porte , levam a muitos para o caminho do encanto pelos Goulds , e com isso o impulso por manter um casal em casa diante dos nossos olhos é inevitável para quem admira aves...

 Essas aves não vem com manual de instrução , mas vem acompanhada de problemas que podem surgir como resultado de varias situações que expõe a ave de forma direta ou indireta.
 Uma delas é a mudança climática , situação que atinge em silêncio e causa problemas a criadores experientes e principalmente na sua maioria os iniciantes na arte de criar o Gould !
 Estamos em um período de transição entre o verão e o outono onde as temperaturas bem como a humidade varia de forma brusca se alternado e variando devido a esta transição , e é ai que muitos começam a enfrentar problemas sérios com os Goulds.
 Muitos rebatem isso alegando que o Gould na natureza passa por isso de forma natural e normal sem problemas , enfrentando a passagem do verão para o outono bem como para o inverno sem maiores problemas , mas o Gould selvagem não é fisiologicamente o mesmo que mantemos em nossas gaiolas ou viveiros !
Essa ave passou por inúmeras transformações e mutações gerando uma instabilidade na sua resistência natural bem como uma adaptação as condições de cativeiro que praticamente extinguiram  as situações que levariam a risco essa espécie , ou seja , a ave nasce em ambiente controlado e vive todo seu ciclo nele , se alimenta de forma condicionada diferente da selvagem.
Sendo assim a teoria que na natureza a ave não morre expostas a condições mais severas , comparando com as nossas de cativeiro , caem por si mesma !

Nessa fase , devemos iniciar um condicionamento e direcionar isso de forma direta as nossas aves , período de luz , proteção contra o clima e suas variações e alimentação !
Período de luz : O periodo de luz deve acompanhar o mesmo periodo do sol na estação que estamos.

Proteção contra o clima e suas variações: Para aves mantidas em ambiente fechado , a temperatura deve ficar estável , sem variações para menos ou para mais de forma brusca e repentina.

Alimentação : No verão a carga de sementes mais gordurosas é menor , devendo ser acrescida na mistura uma porcentagem de sementes que possuem um nível de gordura mais alto bem como a porcentagem do alpiste ser aumentada em 10%.

A higiene na gaiola deve ser considerada e dobrada a atenção em relação a este fator , isto porque a humidade na gaiola junto com fezes e restos de alimentos são um grande atalho para as bactérias letais aos Goulds , sendo assim o manejo deve ser maior nessa fase e o cuidado com alimentos in natura deve ser redobrado !
NÃO OFEREÇA OVO COZIDO !!!
 O ovo é uma fonte rica em propriedades alimentares , mas é uma fonte bacteriana caso não seja manejado corretamente !
 Sobras deste alimento bem como seus fragmentos e até mesmo as fezes das aves após ter ingerido ovo , se tornam uma bomba dentro da gaiola , uma fonte perfeita para instalação de forma rápida de bactérias originando doenças criticas aos Goulds !

  Mudança e aumento da mistura oferecida , suplementos como complexos vitamínicos via bebedouro , proteção contra as interperies e variações de temperatura direta ou indireta , periodo de luz e principalmente observar muito a ave neste periodo até o inverno , evita muitos problemas que as aves possam apresentar...

Olá William ótima explicação, a farinhada com ovos oferece o mesmo risco para os diamantes em geral ou não visto que contém ovo liofilizado?
Sobre a mistura ela deve passar de 50% alpiste para 60%?

Quanto aos cuidados com a temperatura, correntes de ar etc... creio que deva ser oferecido a todas as espécies porque nessa transição todos eles ficam mais sensíveis e suscetíveis a doenças.

Raquel , a farinhada industrializada não mas a farinhada caseira contendo o ovo cozido sim !
O alpiste deve ser aumentado em 10% sobre a porcentagem que vc vinha usando , ou seja , se sua mistura era composta de 50% de alpiste , ela passa a ser de 60%.

Correntes de ar e variação de temperatura e humidade funciona de forma negativa para os Goulds , e acredito que mais acentuado que nas outras espécies...
O que eu vejo aqui Raquel , são situações variadas mas decorrentes de um problema único , que é a falta de informação sobre o Gould. Temos uma crescente na criação dessa ave , isso pode ser visto pelos relatos de muitos iniciando com os Goulds , mas iniciando levados pelo impulso ou beleza da ave sendo que o Gould é exigente e chato quando tem problemas.
Acho que o que eu relatei é um pouco óbvil , mas isso não é encontrado em textos colados na internet que hoje é fonte para tudo , deixando de lado o principal que é a experiência de quem cria e já passou por muita coisa e consertou , tendo muito das soluções que na maioria são contrarias as encontradas em tais textos !
Quem nunca passou pelo chazinho da vó ?
Com as aves eu vejo como a mesma coisa , nem sempre uma posologia teórica é o ideal , sendo que uma recomendação vinda de quem tem mais tempo de contato com a ave funciona de forma mais positiva.
O exemplo do ovo é um deles , teoricamente isso é relatado na maioria dos textos como uma fonte indispensável para a ave , quando na verdade dentro da prática de criação isso é contraditório e não utilizado pelos motivos que relatei.

Mas fica tranquila , o ovo na farinhada industrializada não causa os problemas mencionados...

Obrigada William eu vou já estava fazendo transição de 50% para 60% de alpiste, ofereço somente farinhada industrializada e todos eles adoram, quanto a temperatura e aclimatação dos pássaros nos primeiros frios é bem complicado porque aqui na minha região no verão faz até 45ºC e eu ainda não tenho um ambiente climatizado somente para eles e por isso tenho que usar ventiladores e não é a mesma coisa e logo que chega ao outono e a temperatura cai para 25-20 graus eles sentem muito frio e por isso tenho que cobrir as gaiolas e evitar deixar as janelas e portas abertas do ambiente onde eles estão, mas depois que passa os primeiros frios eles aguentam muito bem ao inverno e toleram ir para o pátio nas horas mais quentes do dia e que apresente sol, mas evito levar eles para o pátio quando a temperatura está inferior a 10 graus, tem dias que aqui é comum fazer temperaturas abaixo de zero sendo a mais baixa do ano passado -4ºC.

Nesse caso seria interessante eu investir em um aquecedor para eles ou só iria agravar visto que eles estarão preparados para enfrentar o frio? Levando em conta que eles não terão um ambiente com temperatura controlada e nem a umidade.

Geralmente para os belgas eu ofereço níger e aveia em maior quantidade nessa época, será que eu poderia utilizar a ração de belga no inverno para todos os exóticos de pequeno porte que eu tenho sem risco de obesidade visto que eles gastam mais energia para se manterem aquecidos?

Uma vez você falou que eu poderia usar essa ração como petisco e as vezes eles ganham uma colher de chá ração para belga para cada dois manons e uma colher de chá para cada calafate em um porta vitamina e continuam recebendo a ração normal deles nos comedouros eles tem disponível a CC 2030 premiun e a alcon com insetos e as vezes a biotron insetos triturados a mesma medida da ração de belga como petisco e eles não são obesos e não possuem manias estranhas como comer penas, fezes, papel do fundo da gaiola...

Sei que fugiu um pouco do assunto, mas tenho essas dúvidas porque esse ano será o primeiro inverno dos calafates, manons e dos D. mandarim que adquiri dia 15/04/14 e gostaria que eles passassem essa época com tranquilidade e saúde, principalmente porque eu gostaria de tentar a criação dos mandarins levando em conta que agora já entendo como é cada casal de manon e que eles são aptos como amas, futuramente (talvez no final do ano) comprarei um casal de gould.

Raquel , o seu manejo é impecável e correto , e também percebo que se dedica muito e isso com certeza vai resultar em coisas positivas na sua criação.
Eu indico que vc mantenha essa situação que eu coloquei , apenas o aumento da % de alpiste em relação ao painço , isso como a alimentação base bem como a farinhada 2030 que é excelente além das outras citadas por vc , que formam um excelente conjunto alimentar !
Aveia e Níger pode ser oferecidos a eles mas de forma suplementar , ou seja , não deve ser substituído pela alimentação base e sim complementar ela. Os diamantes bem como o calafate , tem uma preferência direta pelo alpiste e pelo painço , onde outras misturas diminuem a porcentagem destes por outros variados e isso acaba enfraquecendo a ave que não tem disponível a quantidade de sementes preferidas por ela na quantidade necessária.
Eu administro a aveia e o Níger como um suplemento para os calafates , e os diamantes acabam pegando também , mas mantenho de forma fiel a alimentação base que é o alpiste e o painço.
O frio passa as ser tolerado e resistido pela ave sem maiores problemas , a partir do momento que a temperatura se torne baixa de forma indireta , ou seja , sem estar atingindo a ave por ventos e correntes de ar gelado diretamente !
Não vejo tantos problemas com as aves citadas por vc , sendo o mandarim um pouco mais suscetível a problemas , mas dentro dos diamantes ele é mais guerreiro...
Está se preparando bem , sei que seu objetivo são os Goulds e a forma que vc está montando sua forma de criação vai levar vc ao sucesso com os Goulds , pois está iniciando pelo caminho certo e aprendendo com as aves que antecedem o Gould para ganhar experiência. Isso é fundamental !
O que vc deve iniciar agora é um manejo seu , formas de criação que vc passa a adaptar em relação as aves que vc cria , respeitando sempre suas necessidades básicas e formando um critério particular que se enquadre dentro das suas convicções. O meu jeito e forma de criar , bem como tudo que vc lê , são critérios adotados de forma individual e acho que no nível que vc já está eu aconselho vc a adaptar formas e princípios individuais.
O sucesso em relação aos diamantes está diretamente ligado a sua capacidade de entender sua ave e visualizar as suas particularidades , que por muitas vezes vai contra a muita coisa jogada na internet.
Criar aves com fim comercial é uma personalidade , criar por amor é outra bem diferente , a primeira gera aves fracas e objetos de comércio que acaba desiludindo aquele que compra uma ave assim é a mesma acaba por se debilitar e a perda é inevitável. Conheço muitos criadores assim !
A segunda forma é aquela que vc cria a ave de forma ideal , lenta e com princípios visando a ave e não seu bolso. Isso gera aves lindas e ideais , claro que acabam sendo valorizadas , mas a intenção é a ave e não o bolso !
Eu tiro uma porcentagem bem inferior de Goulds em relação aos meus amigos criadores , mas minhas aves são opostas além da quantidade são também opostas na qualidade !
Isso deve partir de vc , criar em demanda ou criar qualidade...
Pelo seu manejo eu tenho certeza que tem princípios para gerar aves ideais e de qualidade...

William sempre presei pela qualidade das minhas aves, quando criava quitos eu os mantinha em criadeiras para controle das mutações e principalmente da paternidade, as minhas aves tinham um porte superior em comparação com as aves criadas exclusivamente para comércio, eu obtinha um número inferior de crias por ano em comparação com outros criadores porque eu dava descanso aos casais e não os reproduzia no inverno, mas me desmotivou porque as pessoas preferiam comprar aves mais baratas e os donos de pet não pagavam um bom preço pelas minhas crias que eram ótimas ou seja eles valiam a mesma coisa que aves doentes, pequenas, aleijadas, feias todos esses fatores me fizeram desistir dos quitos e também porque eu queria mudar o foco da criação visto que após 15 anos a criação de quitos fica repetitiva e sem novos desafios, por isso optei por criar novas espécies e atualmente não pretendo vender as minhas aves para pet.

Voltando ao assunto do tópico anterior talvez eu ofereça um pouco de níger e de aveia na mesma medida que eles recebem a farinhada eles continuarão recebendo a mesma comida base alpiste e painço.

Quanto ao frio reparei que os manons não ligam muito, mas na hora de dormir todos eles ficam um ao lado do outro talvez para se aquecer, os calafates estão comendo mais, cantam mais e estão acasalando contudo não tem ninho e aparentemente estão tranquilos em relação a mudança de temperatura o macho está com bico bem vermelho quase igual ao do mandarim macho o mesmo vale para o anel ao redor dos olhos do macho e da fêmea a única diferença deles é que o macho tem a protuberância perto das narinas e canta já no caso da fêmea não.

Os mandarins estão ótimos quando os comprei eles eram parados, magros, as penas sem brilho e o bico meio sem cor, agora estão agitados cantam, gritam, trocam carinhos, alimento e acasalam também estão sem ninho porque o Thiago Loredo disse que a fêmea é jovem e também porque a temperatura a tarde não passa dos 20C e os manons estão sem ninho e tranquilos aparentemente não querem reproduzir caso os mandarim reproduzissem e por acaso abandonassem o que é comum eu não teria as amas prontas, mas isso já é outro assunto.

Observar as aves e condicionar todas elas a nova estação é o principal Raquel , por exemplo os meus Goulds já estão novamente com ovos e criando normalmente sem o incomodo do frio , já que sigo a risca todo o descrito...