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A influência da nutrição e do manejo, com o envelhecimento das aves de gaiola

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Mensagem por Davi Hemerly Dom Mar 24, 2013 12:43 pm

A influência da nutrição e do manejo, com o envelhecimento das aves de gaiola

Introdução
Este trabalho pretende apenas assinalar a possível coincidência en­tre a qualidade controlada da dieta ali­mentar administrada às aves de gaio­la, complementada com uma higiene e um manejo especial do criadouro e sua relação com o envelhecimento dos canários e demais aves de companhia.

O conceito de envelhecimento-do­ença pode ser empregado na ornitofilia para associar diversos problemas de sa­lubridade ambiental, embora não se deve esquecer as circunstâncias patológicas de natureza metabólica e nutricional que podem produzir-se como conseqüência da administração reiterada de uma dieta mal balanceada ou desequilibrada em micronutrientes, tanto pelo seu excesso como pela sua carência.
Como foi dito a dieta administra­da às aves de companhia pode ser excessiva ou carencial em algum dos nutrientes que a integram ou na quan­tidade de macro minerais que conte­nha, o que a torna desequilibrada já que nociva para a saúde das, aves que a ingerem, circunstâncias que devem ser cuidadosamente observadas: con­troladas pelo criador.
O conforto das aves nas gaiolas, a planificação da instalação de um núme­ro de comedouros e bebedouros sufici­entes, e evitar a massificação de exem­plares num mesmo hábitat, o controle das ondas de calor, a duração adequada das horas de luz no criadouro, o controle periódico de insetos, evitar as mudanças bruscas de temperatura etc. são circuns­tâncias que constituem elementos importantes que influem e conformam a qualidade do manejo especializado.

Que é o envelhecimento Generalizando, pode-se dizer que o envelhecimento de todo ser vivo deve ser considerado como um conjunto se­riado de trocas moleculares progres­sivas e acumula·tivas, de caráter degenerativo que com o passar do tem­po podem tornar patogênicos e levar a perdas de importantes funções orgâni­cas e imunitárias que finalmente cau­sam morte.

Todas as espécies de seres vivos envelhecem de uma maneira mais ou menos progressiva já que a partir do seu nascimento padecem de maneira continuada, trocas e alterações degenerativas que de forma inexorável e universal deterioram sua fisiologia e, por conseqüência, diminuem suas ex­pectativas de vida.
Autores especializados opinam que a interação da genética exerce grande influência em relação com o protocolo do envelhecimento que possuem as diversas espécies e famílias de seres vivos, critério que é compartilhado de maneira majoritária pelos que na atualidade pra­ticam a ornitofilia.

E fácil observar e comprovar na prática diária desta atividade, a redução progressiva da taxa de imunidade e a crescente fragilidade vital de um impor­tante número de exemplares de deter­minadas raças ou variedades de aves ao contrário da rusticidade e vitalidade que possuem outras.
Viver é envelhecer, portanto viver é mudar

Envelhecer é um fenômeno multifatorial que afeta de maneira ne­gativa e progressiva todos os níveis da organização biológica dos seres vivos, o que ocasiona que atualmente nossas aves de companhia possuam uma mai­or predisposição para fragilidade, para desenvolver determinadas patologias degenerativas ou infecciosas.
A maioria das aves de companhia que existe nos criadouros nasceu em cativeiro e foram anilhadas no ninho pelos criadores; graças a isto se pode conhecer o ano do nascimento e, por­tanto, a sua idade.
As normas internacionais de anilhamento patrocinadas pela C.O.M. permitem e facilitam que possamos considerar a possibilidade de que num futuro próximo possuamos estatísticas cronológicas confiáveis da longevidade média real das aves de gaiola, ques­tão que é praticamente impossível de asseverar nas aves nascidas em liber­dade, em plena natureza.

Existem casos destacáveis de ca nários que conseguiram alcançar uma longevidade de doze e inclusive mais anos de vida, embora na atualidade é comum que numerosos exemplares alimentados com dietas adequadas, tratados com manejo e higiene bons, a taxa média de vida ativa reprodutiva pode considerar-se que é de uns qua­tro a seis anos.

Segundo a Teoria Evolucionista, esta expectativa de vida pode ser uma conseqüência de que os seres vivos têm se adaptado ao contexto de um proces­so lento e progressivo para subsistir em condições adversas climáticas ou ambientais, para serem capazes de re­sistir a ação agressiva e oxidativa prolongada, produzida pela ingestão de ele­mentos ou de agentes radicais livres com o conseguinte dano que ocasionam ao organismo.
Segundo a Teoria da velhice pro­gramada por via genética, os genes próprios de cada ser vivo são os que predeterminam a velocidade do envelhecimento dos sujeitos de sua espé­cie, devido possuir a informação relati­va à prolongação do ciclo vital das cé­lulas de seus órgãos mais importantes. Quando em um momento determinado estes começam a deteriorar-se e a fun­cionar mal, tornando-se incapazes de manter com vida o ser afetado.

Talvez a Teoria da velhice progra­mada geneticamente possa ser considerada como uma proteção real da es­pécie, já que os sujeitos velhos e decrépitos adoeçam e morram com a velocidade e cadência necessária para poder dar lugar á presença e atuação de novos indivíduos jovens e sãos.
Trocas fisiológicas e corporais
Certamente viver leva implícito tro­car, embora o envelhecer não pode nem deve ser considerado uma doença.
Como conseqüência de ditas trocas, as aves de gaiola com mais de quatro anos de vida reprodutiva podem ser su­jeitos frágeis, vulneráveis e, especialmeme, propensos a manifestar algumas características sanitárias deficitárias.

E por isso que a partir da citada ida­de, salvo em contados casos de uma mutação ou da transcendência de um patrimônio genético muito especial, considera-se que ditos exemplares já tenham esgotado sua capacidade reprodutora.

A idade biológica guarda uma re­lação direta com as diversas etapas e circunstâncias para que atravessem as aves de gaiola durante sua vida, já que o envelhecimento biológico pode afe­tar de maneira diferenciada os diver­sos órgãos e suas funções. Os mais freqüentes podem ser do tipo funcio­nal como conseqüência da interação de elementos biológicos que refletem fielmente o estado geral de salubrida­de e mobilidade, o que pode gerar uma notável perda de agilidade nos seus deslocamentos.

Conclusões

As aves de gaiola, como a maioria dos seres vivos que têm uma duração de vida reprodutiva relativamente bre­ve, acumulam no transcurso cronológi­co de sua existência uma série de mu­danças vitais progressivas que acompa­nhadas de alterações degenerativas que se manifestam de maneira seriada des­de o nascimento até sua morte.

Os avanços científicos dos últi­mos anos nos tem dotado de todas as ordens de um amplo leque de meios técnicos, instalações, métodos vários e a indústria farmacêutica de uma ampla gama de medicamentos capa­zes de influir de maneira importante na melhora e prolongamento da qua­lidade de vida.
Aproveitando a importância do controle e da supervisão veterinária especializada, o criador de aves de gaiola e companhia extrema o contro­le da dieta alimentícia do seu criadouro, se esmera no manejo do mesmo, cuida de manter e melhorar um alto nível de higiene e salubridade dos seus exemplares, de possuir ins­talações atualizadas e confortáveis capazes de conseguir para suas aves um envelhecimento agradável, contro­lando os fatores ambientais adversos, com a finalidade de retardar a deteri­oração funcional própria da velhice.
Tudo isto pressupõe para as aves de gaiola uma melhor reserva fisioló­gica e, portanto, um menor risco de doenças o que leva a uma melhor ex­pectativa de vida para os canários e outros passeriformes de companhia.

Afonso Babra Garcia -Espanha Membro da Comissão de Pesquisas Ornitológicas da Confederação Ornitológica Mundial.
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Mensagem por Itamar Júnior Seg Mar 25, 2013 12:22 pm

Muito bom amigo! Very Happy
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Mensagem por Reryson Colares Ter Abr 23, 2013 7:17 pm

Ótimo artigo!!
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