Um Caminho só não Basta
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Um Caminho só não Basta
Um Caminho só não Basta
Temos o hábito de anotar tudo que aconteça fora da normalidade no dia-a-dia em nosso Criadouro. Essas anotações sempre são avaliadas e, posteriormente, com carinho e dedicação logo passamos a proceder às intervenções necessárias.
Casais para chocagem – é praxe, por parte de muitos criadores, colocarem os casais para iniciar o período de chocagem nas primeiras horas da manha.
Costumeiramente, também procedíamos desta forma. Ocorreu que, por esquecimento, um grupo de fêmeas ficou para trás, somente sendo lembradas no finalzinho do dia, já quando nos preparávamos para deixar o Criadouro. Não hesitamos! Cumprimos a tarefa naquele mesmo instante.
Dias depois, passado o período de choca, constatamos que a eclosão dos ovos desses casais sempre ocorria no horário matutino. Os filhotes encontravam-se saudáveis e bem mais desenvolvidos que os demais, a ponto, inclusive, de não ser necessário qualquer auxilio alimentar. Assim, podemos identificar que, com essa prática, tinha os casais maior quantidade de hora/dia para tratar de suas ninhadas, além de detectarmos também mais rapidez por partes das novas mães, como um estímulo extra para mostrarem seus dotes maternais.
Doravante, vamos priorizar esta forma de iniciar a chocagem, na esperança de que, em curto espaço de tempo, possamos abolir definitivamente o processo de auxílio alimentar – manual - pelo criador.
Incluímos também, nesta tarefa, a individualização entre grades de machos e fêmeas, durante o período de chocagem. Entendemos que machos muito prontos
frequentemente oferecem perigo à futura ninhada. Somente procedemos à reaproximação do casal alguns dias após o nascimento dos filhotes.
Alimentação dos filhotes no ninho até o “desmame” – sabemos que cada criador tem uma forma – ou seria fórmula? - mágica na preparação da farinhada a ser administrada aos novos pássaros, mesmo utilizando como base àquela industrializada e já disponível no mercado. Nesse particular, também temos os nossos “segredos”; assim, o nosso processo de introduzir a farinhada na alimentação não é diferente.
O ovo in natura, condenado por uns e elogiado por outros, em nossa forma de administrar tem papel preponderante. Assim, mesmo utilizando a farinhada industrializada, procuramos complementá-la com a inclusão de sementes germinadas e hortaliças, após o 5º dia de nascimento, a qual também recebe um percentual de ovos in natura, como reforço.
Também complementamos com uma pequena quantidade de óleo de girassol, rico alimento em vitamina E - um poderoso antioxidante e auxilia no combate aos radicais livres – e também em poliinsaturados, compostos essenciais não produzidos pelo organismo. Avaliamos o nosso desempenho como satisfatório, em face da média alcançada de 6 (seis) filhotes por casal - número obtido na última temporada. Não há dúvida de que estamos no caminho certo.
Podem os colegas criadores me perguntar: Mas qual a melhor farinhada a ser utilizada? Nesse terreno, em princípio e, sobretudo por questão ética, todas elas merecem o nosso respeito, até porque em sua maioria provenientes de marcas já consagradas, de longa data, no mercado nacional. É fato que algumas delas declaram possuir suplementos vitamínicos e agentes contra o “stress” dos filhotes, além de não raro prometerem controlar os agentes patogênicos causadores de mortalidade na primeira semana de vida. Assim, sugerimos que a avaliação deva ser medida individualmente, fruto da observação de cada criador, mas sempre tomando por base o critério objetivo da produtividade do plantel.
Filhotes condenados para concursos, ainda no ninho, por falha de manejo do criador – o assunto que ora destaco merece algumas considerações. Ele está ligado a filhotes que, precocemente, já são descartados de futuras inscrições em concursos, mas não por falta de qualidade genética ou defeitos naturais, e sim por deformidades adquiridas ainda no ninho.
Nesse particular há que se destacar a higiene. Normalmente a limpeza dos filhotes é conduzida nos primeiros dias pelo próprio casal. Com o desenvolvimento da prole, por instinto, passam os filhotes a arremessar seus excrementos para fora do ninho. Contudo, quando isso não acontece, as fezes acumuladas no ninho endurecem e provocam “colamentos” dos dedos dos filhotes, o que pode gerar defeitos incorrigíveis. Em algumas vezes, com a utilização de fita adesiva, tipo Durex, se consegue amenizar o problema, embora não o habilitem mais para o concurso. Assim, a melhor forma de evitar essa ocorrência é o asseio, é a limpeza diária, é a troca periódica e regular dos ninhos.
Separação e preparação de filhotes para concursos – Para quem cria em quantidade, a melhor forma é a separação em grupos de três pássaros, utilizando gaiolas das do tipo criadeira, o que facilita o manejo e contribui de forma relevante no adestramento das aves para a exposição. É sempre recomendada a individualização dos pássaros pelo menos 3 (três) semanas antes do concurso. Nunca e tarde demais o manuseio freqüente dos filhotes.
Por fim, sem que ninguém tenha nos pedido e esquecendo aquele velho adágio popular, que diz: “conselho e água, só se dá a quem pede”, peço licença aos leitores para deixar um conselho aos criadores iniciantes e uma mensagem a outros menos avisados. Façam uma avaliação detida na planilha de julgamento da FOB, alguns itens dela constantes podem ter melhor resultado, quando da exposição e julgamento, apenas e tão somente com o manuseio e a interferência zelosa do criador.
Autor: João Nunes de Oliveira
Re: Um Caminho só não Basta
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