Enquanto o veterinário não chega
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Enquanto o veterinário não chega
Enquanto o veterinário não chega
Criadores e proprietários de aves. vez ou outra deparam-se com o problema de aves enfermas.
O mesmo ocorre com pessoas que encontram aves caídas dos ninhos ou acidentadas nas ruas, praças e jardins.
O que fazer enquanto procuram o auxilio de um médico veterinário especializado?
O primeiro passo é proporcionar à ave um ambiente calmo sem a presença de cães ou gatos. isolando-a de outras aves, não só pelo bem-estar da ave enferma, como também pelo perigo que pode representar uma ave portadora de moléstia infectocontagiosa para as demais aves presentes no recinto.
Providenciar para que a temperatura do ambiente esteja em torno de 29,5 a 32,10, para que não haja correntes de vento e para que a luz seja suave.
Retirar poleiros e colocar as vasilhas de água e comida no fundo da gaiola, sem tentar forçar a ave a alimentar-se ou beber água.
Colocar uma folha de papel branco no fundo da gaiola para que se possa observar a cor e a consistência das fezes. pois estes dados serão importantes para que o médico veterinário possa avaliar o envolvimento do trato gastro-intestinal da ave.
Observar a respiração da ave, prestando atenção a espirros, roncos e silvos que possam indicar um comprometimento do aparelho respiratório.
Se a umidade do ar for baixa (época do ano muito seca) e os sinais de desconforto respiratório forem acentuados, providenciar nebulização com soro fisiológico durante cerca de 30 minutos (10ml de soro são suficientes), cobrindo a gaiola com plástico enquanto nebuliza a ave.
Os problemas respiratórios podem levar a ave a morte muito rapidamente.
Verificar as condições dos alimentos, pois podem estar alterados e serem os responsáveis peio problema da ave, nos casos de intoxicações alimentares. Retirar os alimentos suspeitos, porém não veterinário possa examiná-Ios.
A maioria das doenças que afetam os aparelhos respiratório e digestivo das aves, levam-nas a apresentarem posturas bastante semelhantes, sendo a apatia e a forma arredondada do corpo com as penas eriçadas, as alterações mais marcantes, sem entretanto serem indicativas desta ou daquela patologia.
No caso das fraturas deve-se evitar o manuseio. da ave, já que sendo organismos bastante delicados, a tentativa desajeitada de reduzir uma fratura, pode resultar em danos irreparáveis aos tecidos próximos aos ossos envolvidos.
O ideal é deixar a ave em repouso. na penumbra, longe de ruídos ou qualquer outro tipo de movimentação que possa assustá-Ia, até que seja providenciado o socorro adequado.
Alimento e água devem ser colocados no fundo da gaiola, para facilitar a ave enferma.
O uso de analgésicos deve ser visto com cuidado, pois eliminando-se a dor, induziremos a ave a movimentar-se, o que poderá agravar a situação.
Dados estatísticos revelam que 28% das fraturas nas aves são tratadas pela coaptação das partes fraturadas e imobilização do membro afetado; 28% dos casos só podem ser corrigidos cirurgicamente e os restantes 44% são insolúveis devido à extensão ou localização das fraturas, que inviabilizam qualquer tentativa de tratamento com êxito.
Fraturas nos dedos dos pés geralmente consolidam-se sem necessidades de intervenção, a não ser pelo uso de anti-inflamatórios, mas podem produzir alterações anatômicas, que dificultam a locomoção nos poleiros, além do aspecto estético, quando o exemplar destina-se a exposição.
A retenção de ovos é uma situação que também pode causa dissabores ao criador. Vários fatores podem estar envolvidos na patologia, dentre eles a deficiência de cálcio na alimentação, processos infecciosos afetando o útero, fêmea com idade avançada, falta de ninho apropriado para a espécie.
O criador deve separar a ave, isolando-a em um ambiente com temperatura amena, e massagear a região da cloaca com óleo mineral mamo, enquanto aguarda socorro.
Os acidentes em que ocorram laceração da pele ou músculos devem ser avaliados quanto à gravidade, pois às vezes é necessário pressionar o local do ferimento para conter a hemorragia. É fundamental lavar o ferimento com água e sabão e aplicar um antiséptico. O médico veterinário irá avaliar a necessidade ou não de suturar o ferimento.
Em qualquer dos casos é importante que a pessoa não adote nenhuma medida que possa agravar a situação e colocar em risco a vida da ave. Bom senso e cabeça fria ajudam a avaliar e controlar o problema, enquanto o veterinário não chega.
MOSAR LEMOS
REVISTA Centro Paulista Criadores Canários Frisados 1998
Arquivo Editado em 28 Jan 2011
Mosar Lemos é médico veterinário. Graduado pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e curso de Mestrado em Ornitopatologia nesta mesma instituição, Estagiou no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro e no Instituto de Doenças de Aves Ludwig Maximilians da Universidade de Munique. Possui consultório em Niterói, RJ.
Extraído da Revista Pássaros
Re: Enquanto o veterinário não chega
Muito bom o conteudo ^^ Ajuda bastante para aqueles que acabam tendo surpresas no quintal (exemplo passaros caidos do ninho) e que queiram dar os primeiros socorros ^^
Jezebel- Criador ativo
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Re: Enquanto o veterinário não chega
Com certezaJezebel escreveu:Muito bom o conteudo ^^ Ajuda bastante para aqueles que acabam tendo surpresas no quintal (exemplo passaros caidos do ninho) e que queiram dar os primeiros socorros ^^
Abraço.
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