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Megabacteriose

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Mensagem por Davi Hemerly Dom Fev 17, 2013 9:39 am

Megabacteriose
Cada dia mais presente em nossos criatórios

Comumente chamada de Megabacteria, mais por sua de dimensão física, já que é visível em sua forma de bastões a partir de aumento de 100 vezes, do que por sua patogeneidade, a Macrorhabdus ornithogaster, está cada vez mais presente na avicultura de gaiola. É capaz de causar uma reação inflamatória na mucosa gástrica logo abaixo da camada do ventrículo. Essa megabactéria foi descoberta nos Estados Unidos, na década de 80, vindo a ser, no ano de 2005, classificada, identificada e tipificada como um fungo.
Suspeita-se que possa fazer parte da flora gastrointestinal normal dos pássaros, manifestando-se a doença nos imunossuprimidos.

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Imagem microscópica de lâmina corada pelo método de Gram

Típica da estrutiocultura (criação de avestruzes) sua manifestação clínica é caracterizada por emagrecimento progressivo, prostração, perda do apetite, caquexia e morte. Na manifestação crônica, os pássaros podem sobreviver por meses, apresentando, inclusive, períodos de aparente melhora. Nas criações domésticas de canários, periquitos e outros pássaros, especialmente em planteis endo e/ou ectoparasitados temos encontrado sua manifestação mais aguda, com significativa mortandade.

No quadro clínico agudo a comida é regurgitada levando a uma visível sujeira no bico. Alguns pássaros comportam-se estirando o pescoço, abrindo e fechando o bico repetidamente, como se estivessem beliscando o ar. Pode ser detectada a presença de sangue ou de alimentos não digeridos nas fezes. Há relatos de pássaros que apresentaram sinais nervosos.
A morte ocorre por paralisia gástrica.

O diagnóstico veterinário deve ser confirmado por exame de fezes, ou, com muito mais confiabilidade, por esfregaços (imprints), a partir do lado interno do ventrículo, em pássaros necropsiados. Também pode ser efetuado o exame dos raspados do conteúdo intestinal. A avaliação microscópica das paredes internas do ventrículo e pro-ventrículo permite a observação de ulcerações.

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Imagem microscópica da parede interna do ventrículo

A contaminação se dá, principalmente, pelo contato com fezes e utensílios. Pássaros tratados e curados são predispostos a novas infestações. É transmitida dos pais para os filhotes. Viagens e torneios são oportunidades para a contaminação. A introdução de pássaros portadores nos planteis tem sido apontada como a principal causa de megabacteriose.


Devido à sua natureza fúngica, praticamente não há resposta a antibioticoterapia.

A Vetafarm australiana, produz um medicamento chamado Megabac-S à base de anfotericina B (2%) específico para a doença.

No Brasil temos obtido bons rezultados com a Nistatina e com o Cetoconazol.
A acidificação da água de bebida é coadjuvante do tratamento, pois a M. Ornithogaster somente se desenvolve em meio alcalino.


RESULTADO DE BIÓPSIA EM PÁSSARO ACOMETIDO DE MEGABACTERIOSE
MICROSCOPIA
Coração: dentro dos limites da normalidade.
Pulmão: dentro dos limites da normalidade.
Fígado: discreta degeneração vacuolar difusa.
Baço: depleção linfóide moderada associada a intensa histiocitose.
Pâncreas: dentro dos limites da normalidade.
Rim: dentro dos limites da normalidade. Parcialmente autolisado.
Intestino delgado: criptas não preservadas, enterócitos de revestimento descamados e em autólise, congestão da lâmina própria e aumento moderado de infiltrado plasmocitário. Presença de discreta quantidade de estruturas compatíveis com megabactéria associada a pequenos focos de estruturas compatíveis com cocos. Moderada enterite plasmocítica (bacteriana e fúngica).

Proventrículo: severa quantidade de estruturas compatíveis com megabactéria ulcerando mucosa, associadas a intenso infiltrado inflamatório predominantemente heterofílico. Pequenos focos de estruturas compatíveis com cocos. Proventriculite ulcerativa fúngica severa.
Ventrículo: severa quantidade de estruturas compatíveis com megabactéria ulcerando cápsula e mucosa do órgão, associadas a intenso infiltrado inflamatório predominantemente heterofílico. Ventriculite ulcerativa fúngica severa.

COMENTÁRIOS
Os achados microscópicos são compatíveis com um quadro severo de megabacteriose em proventrículo e ventrículte.. A megabacteriose é causada por uma levedura denominada Macrorhabdus ornithogaster, que coloniza proventrículo e ventrículo. A megabactéria coloniza as porções inferiores do proventrículo e glândulas superficiais, causando uma hipersecreção das glândulas mucosas e espessamento da parede do ventrículo, associada a pequenas hemorragias. O microrganismo é anaeróbico facultativo e cresce bem em Agar sangue. Na maioria dos casos, trata-se de uma infecção oportunista que acomete principalmente animais imunossuprimidos. O tratamento e prevenção consistem da acidificação da água de beber, fornecimento de alimentos com alta digestibilidade, suporte nutricional com vitaminas e terapia com anfotericina B ou nistatina.
Fonte:http://cantoefibra.com.br
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Mensagem por NDP BOT Qua Fev 20, 2013 12:44 pm

Oi, esse artigo é muito importante, para todos.
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Mensagem por Tarantinni Dom Jul 27, 2014 11:32 pm

Muito bom..
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Mensagem por Isabel Faria Ter Jan 17, 2017 8:12 pm

Minha ave está doente a 40 dias, com esses sintomas, inclusive nervosos... mandei exames pra sao camilo, desconfio qeu seja isso.. tomara que descubra para que eu possa trata-la adequadamente!
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