Ambiente para a criação de canários
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Itamar Júnior
Davi Hemerly
6 participantes
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Ambiente para a criação de canários
Ambiente para a criação de canários e aves em geral
Apesar do sucesso de alguns, a maioria dos canaricultores, lutam a cada ano,
com dificuldades para conseguir um bom êxito em sua criação. Não temos a pretensão
de sermos dono da verdade, mesmo por que nosso êxito tem sido relativo. Quiçá até a
presente data, não tenhamos usado métodos corretos. Partindo da premissa de que
“vivendo e aprendendo”, procuramos estudas, não só nosso problema, mas, o que
deve ocorrer com todos, que vêm malogrados seus esforços ao final de cada
temporada. Procuramos conciliar os ensinamentos dos mais experientes e afortunados.
Pesquisamos, estudamos e cremos haver encontrado o “calcanhar de Aquiles”. Tudo
parece resumir-se num fato bem simples: O MEIO AMBIENTE.
MANUEL OMS DALMAU, médico veterinário, espanhol, radicado em
Barcelona, centros mais avançados em canaricultura, em seu livro aborda o assunto
com propriedade e clarividência extraordinária.
Simplifica tudo em relato sucinto,objetivo e prático. Nos arvoramos na condição de analisar seu trabalho, procurando com isso colaborar com todos companheiros criadores, a quem dirigimos este trabalho.
É de suma importância, que propiciemos ao pássaro um habitat ideal para sua
reprodução. As aves livres gozam de meio ideal para procriação, daí sua rápida
proliferação. As em cativeiro, embora acostumadas a tal, necessitam que lhes
proporcionemos um ambiente ideal para sua criação. Esse ambiente influi notadamente
em seu estado de saúde e no seu rendimento. Constituem seu meio ambiente: a
luminosidade, (quanto maior melhor), temperatura, umidade, ventilação, manejo,
higiene, espaço, tudo isso conjugado com a ação do homem, que é o tempo.
A LUZ
Elemento fundamental para a vida, influi extraordinariamente nas
funções sexuais. O ciclo do ovário se põe em marcha mediante a ação da luz, a qual
atua através do nervo ótico, exitando a Hipófise (glândula de secreção), a qual segrega
hormônios necessários para o início do ciclo sexual. Este é o motivo porque as aves
atingem o ápice sexual a medida que o dia nasce e a claridade aumenta. Podemos
destacar que de outubro a fevereiro as atividades sexuais aumentam, devido aos dias
serem mais longos. O encurtamento do dia, ou seja, do número de horas, trazem como
conseqüência a diminuição da atividade sexual. Paralelamente se desencadeia o
fenômeno da muda, que não é nada mais do que a preparação da ave para enfrentar
as estações mais frias. A luminosidade necessária também para o canto, sabido que
este, é uma forma de manifestação sexual. Para uma boa reprodução, são necessárias
de 14 hora de luz natural ou equivalente. Embora diminua sensivelmente a
luminosidade durante estas horas a reprodução se prolonga até a chegada do outono.
A TEMPERATURA
A temperatura também influi na vitalidade e saúde dos
pássaros. Toda temperatura regular, que não obrigue a um consumo de gordura para
combater o frio ou a uma “aeração”, forçada para compensar o calor excessivo, é a
ideal para o bem êxito da criação. Podemos dizer, que a temperatura ideal para
canários se situa entre 18 a 22 graus centígrados, a qual permite a manutenção normal
da temperatura interna do pássaro, sem precisar usar de outros meios defensivos,
tanto para o frio como para o calor. Não obstante, podemos salientar, que o canário
pode viver perfeitamente em temperaturas extremas. Mais prejudiciais que as
temperaturas extremas, podemos considerar as oscilações bruscas da mesma. Uma
oscilação de 7 graus em pequeno intervalo de tempo, resulta em prejuízo para a saúde
do canário.
VENTILAÇÃO
No meio ambiente em que vive o canário, vão parar todos os
resíduos da respiração, tais como o Anidro Carbônico vapor de água e outros. Estes elementos vão saturando o oxigênio necessário para funcionamento normal da
respiração. Para eliminarmos esta contaminação natural do ambiente é necessário que
se renove constantemente a ventilação. O local adequado para o pássaro é aquele que
permite uma grande diluição dos elementos contaminantes expelidos por eles. As
estufas são prejudiciais, quando mantém uma combustão no local, sem estar dotado de
um tubo para evacuação dos gases consumidos de forma que estes vão contaminando
o oxigênio até converter o ar irrespirável. As estufas ideais para criação, são aquelas
que possuem tubos para evacuação dos gases ao exterior. Estas atuam como
renovadoras de ar. Para efeito de contaminação, as lâmpadas elétricas são
indiferentes, visto que nem consomem oxigênio nem ventilam o local. Quando a
metragem quadrada for pequena, é necessário que a ventilação seja feita através de
aberturas procurando sempre que as mesmas não influam desfavoravelmente na
temperatura.
UMIDADE
Todo local que abrigar canários, deve ter um certo grau de
umidade, sem que chegue a condensar vapor de água em cristais e corpos frios. No
caso de umidade excessiva, podemos obter bom resultado em sua diminuição
mediante ventilação, ou introduzindo pedaços de cal virgem acondicionados em
pequenos caixotes. A cal virgem vai absorvendo a umidade do local e vai
transformando-se em pó, fato pelo qual necessita ser renovada periodicamente na
temperatura do ambiente.
ESPAÇO
Além da metragem quadrada, convém considerar igualmente o
espaço vital onde o pássaro se move, o qual pode ser bem mais reduzido que o
ambiental. É muito relativo a concepção de espaço necessário a um canário. Tudo
depende de seu adestramento, docilidade, etc. De qualquer forma, é de máxima
exigência um volume de 8 a 10 litros para uma boa saúde do pássaro (cuidado com a
superpopulação), embora sempre seja preferível como norma geral ultrapassar este
espaço. Quando se trata de casais para criação o espaço dever ser, pelo menos 10
vezes superior ao acima citado. Existem gaiolas voadeiras ideais para os jovens em
período de crescimento.
HIGIENE E MANEJO
Em todo local habitado por pássaros, se desenvolve
uma flora microbiana que devemos controlar. Dita flora consiste numa série de
parasitas e germes, alguns deles produtores de enfermidades. Devemos desinfetar
periodicamente o local, gaiolas e os utensílios em contato com os pássaros para se
evitar a proliferação de enfermidades. A limpeza adequada dos utensílios e local, acima
citados, deve-se fazer sempre usando substâncias que sejam ativas frente, a vírus,
parasitas e bactérias, mas que sejam inofensivos aos pássaros. Para a desinfestação
frente a vírus, nada melhor que a pintura a cal. Para as bactérias e fungos o remédio
eficaz é AMÔNIA QUATERNÁRIA e seus sais, os quais devem ser empregados a
proporção de 1%. Às vezes as ditas soluções de amônia quaternária deve-se adicionar
10% de álcool para aumentar a penetrabilidade da solução no interior de cavidades e
sinuosidade.
No que diz respeito aos parasitas devemos empregar parasiticidas cujo
contato não seja nocivo aos pássaros. Para tal os mais úteis são os a base de piretro,
adicionados, adicionados ao lindames ou ao carbaril. Podemos usar um ou outro,
porém aconselhamos sempre recorrer a produtos fabricados por bons laboratórios.
Quanto ao manejo, existem pontos elementares que devemos observar. Os pássaros
conhecem as pessoas que os tratam periodicamente e assustam-se com a presença
de pessoas desconhecidas. Deve-se ter o máximo cuidado para se evitar que penetrem
no local dos pássaros, ratos, gatos e outros animais domésticos que possam provocar
pânico, o qual pode até provocar a morte de pássaros que ao voarem batem nas
grades da gaiola. Devemos manter sempre um comedouro provido de alimento e um
bebedouro d’água limpa, que deve ser trocada todo dia. A entrada no canaril deve ser feita devagar e calmamente, evitando movimentos bruscos e procurando não assustar
os pássaros.
TEMPO
Todo aquele que se propõe a realizar uma boa criação além do acima
mencionado deve ter um mínimo possível de tempo pois se tal não ocorrer seu
empreendimento estará fadado ao fracasso. Devemos ter um número de pássaros que
consigamos conciliar com o tempo disponível. Não adianta termos 40 ou 50 casais se
não dispomos de tempo para dar um mínimo de atenção aos mesmos. Não devemos
fazer de nosso “hobbi” e prazer uma obrigação mecânica e entediosa causando um
sufoco e conseqüente estrangulamento ao prazer, advindo o pior, a desistência.
Portanto lembrem-se, procurem conciliar seu tempo com um número de pássaros que
você tenha realmente tempo para se dedicar. Temos certeza de que os que assim
procederem terão a satisfação de verem a proliferação de sua criação.
Traduzido e compilado por MARIANO RAMOS GASPAR
SPCO 089
Última edição por Davi Hemerly em Qui Fev 14, 2013 7:19 am, editado 1 vez(es)
Re: Ambiente para a criação de canários
Muito boas as informação.
Bruno Buzinaro- Criador ativo
-
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Data de inscrição : 28/09/2012
Localização : Paraná
Re: Ambiente para a criação de canários
Ótimo artigo, será de muita ajuda aos iniciantes na criação de canários como eu.
Raquel F- Supervisor
-
Mensagens : 5892
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Data de inscrição : 20/01/2013
Re: Ambiente para a criação de canários
otimo artigo ! com um artigo desses qualquer pessoa que queria iniciar na criação de canarios de cor,ja tem meio caminho andado pois o mesmo abrange tudo sobre como iniciar um criadouro de canarios
Tiago- Criador nível 1
-
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Data de inscrição : 22/12/2012
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