Historia da Canaricultura
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Historia da Canaricultura
Histórico Da Canaricultura de Cor
O homem cria canários há de cinco séculos.
Os primeiros `Serinus canarius , ancestrais de todos os canários de hoje, foram descobertos nas canárias e ilhas vizinhas por navegadores por volta de 1402 e elevados continente europeu, onde começaram a ser criados em cativeiro a partir de 1478.
Criaram-se canários por muitos, mas somente em 1709 se tem noticia de um livro publicado exclusivamente sobre eles. O autor foi HERVIEUX de Chanteloup, encarregado dos aviários da Duquesa de Barry, e nele são relacionados na 1º edição vinte e nove variedades distintas pela cor da plumagem.
Estabelecer comparação entre as variedades relacionadas por HERVIEUX e os pássaros atuais, em alguns casos, não é tarefa fácil. Se analisarmos as comparações feitas por vários autores verificaremos que se em algumas a concordância é geral, em outras a divergência é constante. O que se pode garantir é que existiam em 1709 canários verdes, canelas, brancos , amarelos e uns poucos supostamente de olhos vermelhos. Nas vinte e nove variedades estavam incluídos os pássaros pintados e o fator intenso que se fazia presente. Nas vinte e nove variedades estavam incluídos os pássaros pintados e o fator intenso que se fazia presente.
Em edições posteriores, a relação foi sendo acrescida, incluindo, a partir de 1920, os canários de topete.
Outros autores, em outras obras, apresentam relação com algumas alterações mas, basicamente, as cores pouco variavam.
A cor era um item importante, mas não havia um trabalho exclusivo dedicado ás cores da plumagem.
Até o inicio do século XX os criadores se dedicavam quase que exclusivamente ao canto e a forma, não deixando a cor ser um complemento importante.
A canaricultura, visando a cor dos canários, surgiu no inicio do século com aparecimento da mutação hoje denominada ÀGATA no criadouro de canários de canto clássico de P.J Helder em Leewaarden, Holanda.
Esses mutantes, denominados inicialmente ASH GRAY, surgiram na prole de um casal de pássaros verdes e eram fêmeas. Helder não se descartou deles e na temporada seguinte, utilizando acasalamentos consanguíneos, fixou a mutação, dando origem ao grande número de mutações que depois surgiram.
Nomes de Alguns Criadores que iniciaram as Mutações
Em 1908 no criadouro da Sra. Lee em Matinborough, na Nova Zelândia, de um casal de pássaros amarelos nevados conseguineos, a criadoura conseguiu fixar a mutação que conclui ser recessiva e autossomal, sendo os pássaros iniciais bastante frágeis e de difícil desenvolvimento.
Como já havia brancos dominantes com incrustações, foram denominados brancos recessivos.Posteriormente, foi verificado que sua fragilidade se devia a uma deficiência orgânica: não sintetizavam a Vitamina A
Ao Dr Duncker, criador alemão de grande projeção nos anos vinte, deve-se o primeiro trabalho sobre genética de canários de cor e os estudos para produção de uma canário de cor de fundo vermelha, utilizando os híbridos de canários com o Tarim da Venezuela.
Os esforços sistemáticos para criar um canário de cor de fundo vermelha tiveram início por volta de 1926
Na Alemanha o Sr Dams, de Konigsberg, depois o Sr Marten, de Lotzen, foram os primeiros a tentar obter os pássaros de cor de fundo Vermelha.
Apesar de Dams ter sido o pioneiro, o método sugerido foi o do Dr. Duncker, que era líder entre os criadores alemães, holandeses, belgas e franceses e , posteriormente, o do resto da Europa.
O trabalho de Duncker baseava-se nas seguintes considerações teóricas.
O canário não possuía vermelho em seu patrimônio genético; consequentemente, gen. ou genes que produzissem a pigmentação vermelha de outro pássaro deveriam ser transferidos ao canário , Isto implicava em hibridação e na produção de um híbrido fértil.
O pássaro utilizado foi o Tarim ( Spinus Cuculatus) macho, um pequeno pássaro com o corpo colorido de vermelho vivo, cabeças, asas e caudas negras, com barras vermelhas nas asas.
O hibrido obtido era muito apreciado na Venezuela, México e Cuba e tido como Fértil.
De acordo com Duncker, o Tarim não teria amarelo em seu patrimônio genético. Assim, o cruzamento seria entre um pássaro que possuía o amarelo com outro de composição contraria.
Os híbridos receberiam um fator vermelho do Tarim e um fator amarelo do canário, e a interseção deses dois fatores produziria a cor acobreada.
O acasalamento entre dois híbridos poderia produzir um pássaro com característica do canário como fator Tarim
A fêmea hibrida eram, porém, todas estéreis e o processo teve que ser modificado utilizando-se canárias com os machos F-1 e não houve ganho, mas sim perda de cor.
Duncker preconizou então canárias Brancas dominantes na esperança de que o fator branco dominate mascaresse o amarelo e não tivesse efeito sobre o vermelho. Ele esperava híbridos vermelhos e laranja e foram obtidos híbridos cobre e cinza de ambos os sexos, pois o fator branco dominante mascarou tanto o vermelho como o amarelo.
Numa terceira tentativa, recomendaram-se as fêmeas brancas recessivas na esperança de que, a exemplo dos acasalamentos com amarelos, surgissem apenas pássaros vermelhos portadores recessivo, este cruzamento foi feito pó A.K Gill em 1933 e os resultados foram desanimadores. Os machos F1 eram cobres e as fêmeas acinzentadas como fêmeas do Tarim.
As fêmeas já se mostravam férteis e um trabalho de seleção conseguiu reunir, após quase dez anos de experiências no patrimônio dos canários, os genes que permitem a assimilação do vermelho e os pássaros atuais, com alimentação apropriada, conseguem atingir tonalidades de vermelho bem vivo.
Dos acasalamentos entre pássaros de fator vermelho surgiram algumas fêmeas esbranquiçadas com zonas de lipocromo idênticas as da fêmea do Tarim. No final dos anos quarenta surgiram os mosaicos, mas com o correr do tempo tal teoria abandonada, pois machos com características bem diferentes dos nevados começaram a aparecer.
Um trabalho criterioso de seleção e a introdução, segundo consta, de pássaros Gloster pelos Italianos, nos planteis de mosaicos, nos conduziram aos mosaicos novo tipo, bem caracterizado, onde o macho e a fêmea apresentam dimorfismo típico.
Na década de cinquenta, três novas mutações apareceram: MARFIM, PASTEL E OPALINO.
O homem cria canários há de cinco séculos.
Os primeiros `Serinus canarius , ancestrais de todos os canários de hoje, foram descobertos nas canárias e ilhas vizinhas por navegadores por volta de 1402 e elevados continente europeu, onde começaram a ser criados em cativeiro a partir de 1478.
Criaram-se canários por muitos, mas somente em 1709 se tem noticia de um livro publicado exclusivamente sobre eles. O autor foi HERVIEUX de Chanteloup, encarregado dos aviários da Duquesa de Barry, e nele são relacionados na 1º edição vinte e nove variedades distintas pela cor da plumagem.
Estabelecer comparação entre as variedades relacionadas por HERVIEUX e os pássaros atuais, em alguns casos, não é tarefa fácil. Se analisarmos as comparações feitas por vários autores verificaremos que se em algumas a concordância é geral, em outras a divergência é constante. O que se pode garantir é que existiam em 1709 canários verdes, canelas, brancos , amarelos e uns poucos supostamente de olhos vermelhos. Nas vinte e nove variedades estavam incluídos os pássaros pintados e o fator intenso que se fazia presente. Nas vinte e nove variedades estavam incluídos os pássaros pintados e o fator intenso que se fazia presente.
Em edições posteriores, a relação foi sendo acrescida, incluindo, a partir de 1920, os canários de topete.
Outros autores, em outras obras, apresentam relação com algumas alterações mas, basicamente, as cores pouco variavam.
A cor era um item importante, mas não havia um trabalho exclusivo dedicado ás cores da plumagem.
Até o inicio do século XX os criadores se dedicavam quase que exclusivamente ao canto e a forma, não deixando a cor ser um complemento importante.
A canaricultura, visando a cor dos canários, surgiu no inicio do século com aparecimento da mutação hoje denominada ÀGATA no criadouro de canários de canto clássico de P.J Helder em Leewaarden, Holanda.
Esses mutantes, denominados inicialmente ASH GRAY, surgiram na prole de um casal de pássaros verdes e eram fêmeas. Helder não se descartou deles e na temporada seguinte, utilizando acasalamentos consanguíneos, fixou a mutação, dando origem ao grande número de mutações que depois surgiram.
Nomes de Alguns Criadores que iniciaram as Mutações
Em 1908 no criadouro da Sra. Lee em Matinborough, na Nova Zelândia, de um casal de pássaros amarelos nevados conseguineos, a criadoura conseguiu fixar a mutação que conclui ser recessiva e autossomal, sendo os pássaros iniciais bastante frágeis e de difícil desenvolvimento.
Como já havia brancos dominantes com incrustações, foram denominados brancos recessivos.Posteriormente, foi verificado que sua fragilidade se devia a uma deficiência orgânica: não sintetizavam a Vitamina A
Ao Dr Duncker, criador alemão de grande projeção nos anos vinte, deve-se o primeiro trabalho sobre genética de canários de cor e os estudos para produção de uma canário de cor de fundo vermelha, utilizando os híbridos de canários com o Tarim da Venezuela.
Os esforços sistemáticos para criar um canário de cor de fundo vermelha tiveram início por volta de 1926
Na Alemanha o Sr Dams, de Konigsberg, depois o Sr Marten, de Lotzen, foram os primeiros a tentar obter os pássaros de cor de fundo Vermelha.
Apesar de Dams ter sido o pioneiro, o método sugerido foi o do Dr. Duncker, que era líder entre os criadores alemães, holandeses, belgas e franceses e , posteriormente, o do resto da Europa.
O trabalho de Duncker baseava-se nas seguintes considerações teóricas.
O canário não possuía vermelho em seu patrimônio genético; consequentemente, gen. ou genes que produzissem a pigmentação vermelha de outro pássaro deveriam ser transferidos ao canário , Isto implicava em hibridação e na produção de um híbrido fértil.
O pássaro utilizado foi o Tarim ( Spinus Cuculatus) macho, um pequeno pássaro com o corpo colorido de vermelho vivo, cabeças, asas e caudas negras, com barras vermelhas nas asas.
O hibrido obtido era muito apreciado na Venezuela, México e Cuba e tido como Fértil.
De acordo com Duncker, o Tarim não teria amarelo em seu patrimônio genético. Assim, o cruzamento seria entre um pássaro que possuía o amarelo com outro de composição contraria.
Os híbridos receberiam um fator vermelho do Tarim e um fator amarelo do canário, e a interseção deses dois fatores produziria a cor acobreada.
O acasalamento entre dois híbridos poderia produzir um pássaro com característica do canário como fator Tarim
A fêmea hibrida eram, porém, todas estéreis e o processo teve que ser modificado utilizando-se canárias com os machos F-1 e não houve ganho, mas sim perda de cor.
Duncker preconizou então canárias Brancas dominantes na esperança de que o fator branco dominate mascaresse o amarelo e não tivesse efeito sobre o vermelho. Ele esperava híbridos vermelhos e laranja e foram obtidos híbridos cobre e cinza de ambos os sexos, pois o fator branco dominante mascarou tanto o vermelho como o amarelo.
Numa terceira tentativa, recomendaram-se as fêmeas brancas recessivas na esperança de que, a exemplo dos acasalamentos com amarelos, surgissem apenas pássaros vermelhos portadores recessivo, este cruzamento foi feito pó A.K Gill em 1933 e os resultados foram desanimadores. Os machos F1 eram cobres e as fêmeas acinzentadas como fêmeas do Tarim.
As fêmeas já se mostravam férteis e um trabalho de seleção conseguiu reunir, após quase dez anos de experiências no patrimônio dos canários, os genes que permitem a assimilação do vermelho e os pássaros atuais, com alimentação apropriada, conseguem atingir tonalidades de vermelho bem vivo.
Dos acasalamentos entre pássaros de fator vermelho surgiram algumas fêmeas esbranquiçadas com zonas de lipocromo idênticas as da fêmea do Tarim. No final dos anos quarenta surgiram os mosaicos, mas com o correr do tempo tal teoria abandonada, pois machos com características bem diferentes dos nevados começaram a aparecer.
Um trabalho criterioso de seleção e a introdução, segundo consta, de pássaros Gloster pelos Italianos, nos planteis de mosaicos, nos conduziram aos mosaicos novo tipo, bem caracterizado, onde o macho e a fêmea apresentam dimorfismo típico.
Na década de cinquenta, três novas mutações apareceram: MARFIM, PASTEL E OPALINO.
Eduardo Ferreira- Criador nível 1
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Mensagens : 65
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Data de inscrição : 29/01/2013
Re: Historia da Canaricultura
Muito bom Artigo amigo,
Abraço.
Abraço.
Vitor- Criador nível 3
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Data de inscrição : 11/10/2012
Localização : Rio De Janeiro
Re: Historia da Canaricultura
Muito bom artigo,
OBS : Na minha cidade (Ilha Da Madeira - Portugal) tinha canários soltos
OBS : Na minha cidade (Ilha Da Madeira - Portugal) tinha canários soltos
Re: Historia da Canaricultura
Bom artigo.
Bruno Buzinaro- Criador ativo
-
Mensagens : 2224
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Localização : Paraná
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